Quase 1.200 famílias das comunidades de Moatize, província de Tete, centro de Moçambique, vão receber apoio à produção através de um programa lançado esta semana pela mineradora Vulcan, anunciou hoje a empresa.
De acordo com informação da empresa, de origem indiana e que explora as minas de carvão de Tete, o Programa de Apoio Produtivo às Famílias vai “beneficiar 1.189 famílias das comunidades de Cateme, Ntchenga e Mphandue”, em Moatize.
Dados da Vulcan consultados hoje pela Lusa referem que a mineradora está a produzir mensalmente, desde junho de 2022, um milhão de toneladas de carvão a partir da mina de Moatize.
O programa lançado esta semana pela Vulcan permitirá lavrar com trator 759 hectares de terreno na comunidade de Cateme, bem como a formação dos camponeses “em novas técnicas de produção”, distribuindo ainda sementes certificadas de milho, gergelim e amendoim, entre outros insumos agrícolas.
Das 1.189 famílias contempladas, 712 são do reassentamento de Cateme, 47 de Cateme Sede, 430 das comunidades de Ntchenga e Mphandue.
A Vulcan, uma das maiores exportadoras de Moçambique, refere que além do Programa de Apoio Produtivo às Famílias, já apoiou a reabilitação do sistema de abastecimento de água de Cateme, “assegurando que cada família tenha água canalizada no quintal”, bem como de infraestruturas sociais, como escolas e um centro de saúde, e na pavimentação de alguns troços das vias internas de Cateme.
A Vulcan comprou em abril de 2022 à brasileira Vale as minas de carvão em Tete, linha férrea e estrutura portuária em Nacala por 270 milhões de dólares (257 milhões de euros).
A Vale esteve presente em Moçambique por 15 anos, tendo explorado a mina de Moatize e 912 quilómetros de ferrovia no Corredor Logístico de Nacala para o transporte de carvão.
A Vulcan é uma empresa privada indiana que faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), e que antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.