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– 20-09-2011 |
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Leite: Produzir custa mais 30% do que h� dez anos, mas pre�os baixaram 4%
Produzir um litro de leite custa hoje, em média, aos agricultores mais 30 por cento do que h� dez anos, mas o pre�o de venda caiu cerca de 4 por cento, segundo um estudo hoje apresentado. O estudo sobre pre�os e margens nos sectores do leite e da carne entre 2000 e 2009, encomendado pela Confedera��o dos Agricultores de Portugal (CAP), confirma as queixas dos produtores nacionais de leite. "H� um esmagamento claro das margens l�quidas dos produtores, devido � subida dos custos", disse o autor do estudo, Jos� Manuel Zorro Mendes, do Instituto Superior de Economia e Gestáo (ISEG). "Os produtores pagam mais 30% em média para produzir leite. O custo dos bens de consumo e serviços correntes na agricultura aumentou 37% e o custo dos bens de investimento subiu 23%. No mesmo período, o pre�o pago ao produtor diminuiu 4% (de 31 para 29 c�ntimos)", declarou Zorro Mendes, acrescentando que estes custos aumentaram para todos os agricultores. "Ficou claro que h� um problema de quebra de rendimento no sector agr�cola", sublinhou o secret�rio-geral da CAP, Lu�s Mira, adiantando que "se as pessoas estáo a abandonar [o sector do leite] não � porque ganham dinheiro, � porque perdem". O estudo sobre pre�os focou Também a restante cadeia de valor – transforma��o e distribui��o — concluindo que as margens destes intervenientes variam de forma inversa, ou seja, quando uma sobe a outra desce. "Este facto indicia uma esp�cie de compensa��o entre as margens brutas, por forma a minimizar os impactos no pre�o final (no consumidor)", justifica o mesmo documento. No entanto, ao contrário do que aconteceu com os pre�os pagos aos produtores, tanto a ind�stria como a distribui��o conseguiram aumentar os seus pre�os, ainda que de forma muito moderada. "não temos um mercado a funcionar no sector do leite", lamentou um dos participantes no debate promovido pela CAP a prop�sito da apresentação do estudo. Jo�o Paisana, da Bovisul, sublinhou que "as compras de leite estáo excessivamente concentradas", com cinco grupos s fazer 40 por cento das compras, e observou que "a produ��o fica sempre com o que sobra das margens dos dois sectores que estáo acima [transforma��o e distribui��o]" "Estamos a chegar a um ponto limite. não vejo viabilidade para o sector com as condi��es actuais", salientou este produtor. Pedro Pimentel, representante da Federa��o das Ind�strias Agro-Alimentares, argumentou, por seu lado, que os pre�os de transforma��o [do leite] nunca são iguais aos da factura��o e imputou culpas � distribui��o que "duplicou as suas margens brutas nos �ltimos dez anos". A cr�tica foi refutada pela representante da APED (Associa��o Portuguesa de Empresas de Distribui��o), Ana Trigo de Morais, que negou o aumento das margens do leite pois "� um produto entendido como um bem essencial". A representante da APED assinalou ainda que "a concentra��o Também tem vantagens" e garantiu que a distribui��o está disponível. para promover a criação de mecanismos de monitoriza��o dos pre�os e melhorar as rela��es comerciais nesta fileira. Fonte: Lusa
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