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– 11-05-2012 |
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Leite: Contratos equilibrados para um pre�o justoA APROLEP, Associa��o dos Produtores de Leite de Portugal, sa�da a intenção do Governo avan�ar com a implementa��o de contratos na fileira do leite, mas considera haver ainda muito trabalho a desenvolver para que esses contratos envolvam produ��o, transforma��o e distribui��o de forma efectiva, equilibrada e responsabilizadora. Os contratos não substituem as quotas leiteiras e Portugal deve bater-se prioritariamente a nível. europeu pela continua��o desse regime que permite evitar excedentes de produ��o, mas a APROLEP j� defendeu publicamente h� longos meses a necessidade de avan�ar com um �Plano B� para o prov�vel fim das quotas e os contratos foram a �nica alterativa proposta pela União Europeia. Devemos alertar, contudo, que esses contratos de pouco serviráo se não houver um refor�o do poder negocial dos produtores e uma forma de indexar o pre�o do leite não s� � evolu��o do mercado de l�cteos mas Também dos custos de produ��o, em particular da alimenta��o animal. Depois dos preju�zos causados pela seca no in�cio deste ano, parcialmente atenuados pela chuva dos �ltimos dias e pela ajuda prometida, permanece alto o pre�o da palha (mais 2 ou 3 c�ntimos por Kg e receio de grandes quebra de produ��o em Espanha para a pr�xima �poca) e disparam os pre�os da ra��o (subida entre 4 a 5 c�ntimos por kg nos �ltimos meses e subida assustadora da Soja para 400 euros / tonelada), enquanto desceu o pre�o pago pelo litro do leite ao produtor entre 1 a 2,5 c�ntimos por litro, consoante o comprador. Esta � a realidade de um mercado onde os produtores não controlam o custo dos factores de produ��o, pois os cereais negoceiam-se na bolsa de Chicago, nem o pre�o de venda do leite que produzem, que em última inst�ncia depende da negocia��o entre ind�stria e distribui��o e da guerra de promo��es que esta última queira fazer. Por tudo isto, porque a situa��o actual não � sustent�vel nem se resolve com esmolas de Bruxelas, precisamos de contratos sim, mas com pre�o de refer�ncia fortemente baseado na evolu��o dos custos de produ��o, responsabilizando a distribui��o de forma efectiva e com a presença activa de um mediador / provedor nomeado pelo Estado. Reafirmamos que o Estado não se pode demitir da sua função normal em qualquer Estado de Direito: estabelecer regras, fiscalizar o seu cumprimento, arbitrar conflitos e penalizar de forma exemplar os prevaricadores. O Estado não pode abandonar os produtores na actual situa��o de desequil�brio negocial. Por �ltimo, tendo em conta a dimensão do sector cooperativo na recolha, transforma��o e defini��o de pre�os e tendo ainda em conta as habituais dificuldades de negocia��o entre o produtor e a sua cooperativa, devemos Também acompanhar e participar em todo o processo de adapta��o das cooperativas a esta nova realidade econ�mica e jur�dica, porque se as cooperativas forem capazes de valorizar bem o leite e partilhar o valor com o produtor, podemos ter mais esperan�a no futuro da produ��o de leite em Portugal. 11 de Maio de 2012 A Direc��o da APROLEP
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