Em discussão pública até domingo, o Programa de Acção do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais prevê a execução, numa década de 200 medidas para valorizar a floresta. Agência aposta na monitorização para garantir que, do Estado aos privados, o país cumpre os objectivos.
As alterações climáticas tornam a floresta portuguesa (ainda mais) vulnerável aos incêndios. A Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF) propõe 200 medidas para, na década em curso, melhorar a gestão e valorizar, económica e ambientalmente, a área florestal do país, e no Programa de Acção que está em consulta pública até domingo, Dia Mundial da Floresta, não falta uma prospectiva do que aconteceria se chegássemos a 2030 nas condições em que hoje estamos. Se não mudarmos nada, Portugal perderia 700 milhões de euros por ano, entre os prejuízos directos dos incêndios e a riqueza que não estaria a conseguir criar.
O número dá uma dimensão do trabalho que o país, do Estado aos privados, tem pela frente para conseguir gerir melhor e minimizar riscos, do ponto de vista preventivo, e a ser mais eficaz a combater o fogo, quando ele acontece para, no final, se conseguir uma valorização dos serviços económicos e ambientais da floresta portuguesa. Num cenário de cumprimento da maioria das 200 medidas, que fazem parte de 97 projectos organizados por 28 programas que respondem a 12 objectivos estratégicos, a área ardida anual deverá não ultrapassar os 60 mil hectares (poderão ser 205 mil, num cenário designado por Black Sky Forever). Para isso é necessário aumentar o investimento anual do Sistema Integrado de Gestão de Fogos Rurais dos 264 milhões de euros de 2019, para uma média anual de 635 milhões, nesta década.
As orientações estratégicas, já conhecidas, são quatro: valorizar os espaços rurais (é aqui que entra o cadastro, por exemplo); cuidar dos espaços rurais