As Forças Armadas vão reforçar o dispositivo nacional de vigilância e deteção de incêndios até segunda-feira, recorrendo a ‘drones’ do Exército e a um reforço vindo da Madeira, depois do acidente na quarta-feira, indicou hoje o Estado-Maior-General.
Numa nota publicada na página oficial, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) refere que o dispositivo será reforçado com vigilância aérea e patrulhas terrestres apoiadas por sistemas aéreos não tripulados.
Sem os ‘drones’ da Força Aérea, depois de um acidente na quarta-feira que levou à suspensão de operações com os aparelhos desse ramo, as Forças Armadas vão recorrer aos ‘drones’ do Exército e a outros que vêm da Madeira para apoiar a Marinha.
Os aparelhos do Exército vão apoiar as patrulhas de vigilância no Parque Natural da Serra de São Mamede, enquanto aqueles disponibilizados pelo Comando Operacional da Madeira, de onde vêm também operacionais, vão estar no Parque Natural da Arrábida e Costa Vicentina.
“O empenhamento destes ‘drones’ e dos meios aéreos tripulados no continente será assegurado, de forma excecional, enquanto se mantiver a suspensão de operação com ‘drones’ “Ogassa”, na sequência de um acidente com um destes aparelhos no passado dia 11 de agosto”, escreve o EMGFA.
O acidente em causa aconteceu em Beja, numa missão operacional de vigilância e deteção de incêndios rurais, durante a recuperação para a aterragem, numa área não habitada.
Segundo o EMGFA, o aparelho “sofreu danos estruturais”, não se registando “danos pessoais ou materiais em terceiros”, mas enquanto estiver a decorrer a investigação para apurar as causas, as operações com estes ‘drones’ estão suspensas nas outras Bases de Operação.
A Proteção Civil colocou cinco distritos do interior norte, centro e sul em alerta laranja no próximo fim de semana, entre 14 e 16 de agosto, devido ao risco de incêndio potenciado pelas condições meteorológicas previstas, e a partir de hoje estão sob alerta amarelo 12 distritos.
Perante este cenário, a Proteção Civil determinou um reforço de meios e um pré-posicionamento nas regiões do Algarve, Centro e Norte.
A operação das Forças Armadas será realizada em coordenação com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com a monitorização do Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior-General das Forças Armadas.