O incêndio que teve início no sábado no concelho de Odemira, no distrito de Beja, mantinha-se hoje de manhã em fase de rescaldo devido a “alguns pontos quentes”, que “ainda oferecem preocupação”, disse fonte da Proteção Civil.
“Temos uns pontos quentes ainda e estamos a consolidá-los na zona de Vacaria e do Barracão e também ainda uns pequenos pontos a norte. Só quando esses pontos começarem a ficar em fase de rescaldo é que daremos início à fase de rescaldo”, disse à Lusa Tiago Bugio, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 11:30 o fogo era combatido ainda por 684 operacionais, ajudados por 230 veículos e cinco meios aéreos.
O incêndio rural numa área de mato e pinhal deflagrou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, a meio da tarde de sábado e entrou nos concelhos algarvios de Monchique e Aljezur.
A área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.
Desde o início do fogo, foram assistidas pelas equipas médicas no local 42 de pessoas e nove foram transportadas para unidades hospitalares, sem registo de situações de gravidade.
O incêndio destruiu pelo menos duas casas, uma de primeira habitação no Vale Juncal, em São Teotónio, concelho de Odemira, e outra, que será uma casa de férias, na zona da Boavista, em Odeceixe, concelho de Aljezur.
As chamas destruíram igualmente uma unidade de turismo rural, também no Vale Juncal, com os proprietários a queixarem-se da falta de assistência dos bombeiros.