Cerca de 6.200 operacionais, apoiados por 1.900 meios terrestres, continuavam às 00:00 de hoje a combater mais de uma centena e meia de fogos em Portugal Continental, de acordo com a Proteção Civil.
Às 00:00 hoje estavam ativos 163 incêndios no território continental que eram combatidos por 6.191 operacionais, segundo informação disponível no site oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam hoje a ser os que mobilizam mais operacionais e meios.
Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos às 00:00 de hoje dois incêndios.
O fogo que deflagrou às 02:17 de domingo estava a ser combatido por 320 operacionais, apoiados por 100 meios terrestres, já o que teve início pelas 15:00 do mesmo dia, mobilizava 305 operacionais, apoiados por 98 meios terrestres.
Não muito longe, em Albergaria-a-Velha, o incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava às 00:00 de hoje 393 operacionais, assistidos por 125 meios terrestres.
O incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis, estava a ser combatido às 00:00 de hoje por 370 operacionais, apoiados por 141 meios terrestres.
Também pelas 00:00 de hoje, mais de 50 pessoas da freguesia de Ossela, em Oliveira de Azeméis, estavam a ser retiradas das suas habitações e levadas para o edifício da junta dada a proximidade do fogo, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia.
O autarca afirmou que a situação mudou rapidamente devido ao vento que sopra naquele concelho do distrito de Aveiro e cujas previsões apontam que aumente a partir da 01:00.
No distrito de Viseu são três os fogos que mobilizam mais operacionais e meios.
O fogo que lavra em Nelas desde as 11:53 de segunda-feira era combatido às 00:00 de hoje por 309 operacionais, apoiados por 89 meios terrestres.
Já o incêndio que começou pelas 21:30 de segunda-feira em Castro Daire mobilizava às 00:00 de hoje 303 operacionais, assistidos por 93 meios terrestres.
O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou às 00:15 de segunda-feira, era combatido às 00:00 de hoje por 164 operacionais, apoiados por 45 meios terrestres.
No distrito de Coimbra, os incêndios que deflagraram na terça-feira em Arganil e Tábua são os que mobilizam mais operacionais e meios.
O fogo que começou às 10:39 em Tábua era combatido às 00:00 de hoje depois por 258 operacionais, apoiados por 86 meios terrestres. Já o que começou às 11:39 em Arganil era combatido às 00:00 de hoje por 228 operacionais, apoiados por 71 meios terrestres.
O incêndio de Arganil, que chegou a ter três frentes ativas e obrigou à evacuação do Centro de Recolha Animal e das aldeias de Salgueiral e Medas, entrou em resolução às 23:01 de terça-feira.
Mais a Norte, no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 13:00 de segunda-feira em Gondomar era, às 00:00 de hoje, combatido por 192 operacionais, assistidos por 44 meios terrestres.
Perto das 00:00 de hoje, algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, estavam a ser evacuadas e a população retirada devido aos incêndios, avançou à Lusa o comando-geral da GNR.
A GNR não conseguiu, no entanto, precisar quantas habitações estavam a ser esvaziadas.
Ainda no Porto, o fogo que começou em Paredes pelas 05:20 de terça-feira, mobilizava às 00:00 de hoje 139 operacionais, apoiados por 44 meios terrestres.
Os fogos que lavram em Vila Pouca de Aguiar, no concelho de Vila Real, um desde as 07:36 de segunda-feira e outro desde as 18:35 do mesmo dia, eram combatidos às 00:00 de hoje por 106 operacionais, apoiados por 33 meios terrestres, e 111 operacionais assistidos por 33 meios terrestres, respetivamente.
O comandante de serviço da ANEPC, em declarações à Lusa pelas 00:00 de hoje, referiu que aquela entidade está “a acompanhar 29 ocorrências em incêndios ativos, alguns com a situação normalizada”.
“Não há acréscimo de meios. O vento é sempre uma condicionante, mas as operações estão a ser monitorizadas”, afirmou.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.