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– 07-09-2005 |
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Inc�ndios: Produtores Florestais dizem medidas do Governo criam "confusão" no sectorLisboa, 06 Set "não h� nenhuma refer�ncia � floresta, nem � viabilidade das explora��es florestais, s� aos bombeiros e � protec��o civil" no pacote de medidas hoje apresentado pelo Governo, criticou o secret�rio-geral da Federa��o, Ricardo Machado, em declarações � agência Lusa. "Espero que não sejam apenas estas as medidas a apresentar, porque não v�o ao encontro do que os portugueses precisam, que � de criar instrumentos que não penalizem os produtores", adiantou. Em particular, afirma, � preciso tratamento fiscal preferencial para a floresta e aten��o ao pre�o da madeira, que, segundo os produtores florestais, não registou qualquer aumento nos �ltimos quinze anos e está 30 por cento abaixo do seu valor real, criando problemas de rentabilidade para os empres�rios do ramo. Ricardo Machado aplaude a criação de um corpo de bombeiros profissional do Estado e o refor�o da coordena��o, mas considera que a prevista integra��o dos sapadores florestais nesta estrutura "cria o púnico na floresta". "� uma mega estrutura e quem dirige as equipas e paga metade do custo das opera��es são os produtores florestais. � preciso saber como � que v�o passar para o Ministério e quem vai gerir os mil homens que estáo no terreno", afirmou o respons�vel. "Que fiquem com os sapadores, se querem ficar com eles, mas digam como � que os v�o integrar e quem � que os vai pagar. Anunciar medidas � f�cil", criticou Ricardo Machado. A Federa��o critica ainda o facto de não ter sido ouvida pelo Governo e convocou para quarta-feira � tarde, em Ma��o, uma reuni�o de emerg�ncia dos seus associados. Para incentivar a rentabilidade das explora��es, a Federa��o tem vindo a defender medidas como um "choque fiscal" que beneficie os produtores e o aumento no programa do Governo da "quota de biomassa" para as energias renov�veis. Entre as medidas hoje apresentadas pelo ministro da Administração Interna, Ant�nio Costa, está a criação de um corpo de bombeiros profissional do Estado, que além de combater inc�ndios florestais estar� preparado para responder a situa��es de catéstrofe, como sismos ou cheias. Deixa de haver uma �poca oficial de inc�ndios florestais, passando a estar o país todo o ano em alerta, além de dispor de uma frota pr�pria de meios a�reos de combate aos fogos. Foi ainda anunciada a unifica��o de todo o sistema de vigil�ncia sob coordena��o da GNR e a fusão dos Centros de Preven��o Distrital (que dependem do Ministério da Agricultura) com os Centros Distritais de Opera��es de Socorro (que dependem do Ministério da Administração Interna). Dessa fusão surgirá um comando único de todas as for�as que intervenham na vigil�ncia, preven��o e combate aos inc�ndios florestais e que irá dispor de uma frota de meios a�reos permanentemente para o combate �s chamas. Por sua vez, o presidente da Associa��o Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, mostrou-se satisfeito com as medidas de combate aos inc�ndios florestais anunciadas pelo Governo, considerando-as uma "mais-valia". As medidas mereceram o consenso da oposi��o, embora PSD, CDS-PP e PCP continuem a reclamar a declara��o de calamidade pública. De acordo com dados divulgados no passado dia 30 de Agosto por Ant�nio Costa, os inc�ndios florestais consumiram desde o in�cio de 2005 uma área estimada em 240 mil hectares, um n�mero obtido através da análise das imagens de satélite. A área ardida confirmada no terreno até 28 de Agosto � de 166.339 hectares, segundo a Direc��o-Geral de Recursos Florestais, que detectou 28.670 inc�ndios. Em 2004 arderam em Portugal cerca de 129.539 hectares e em 2003, o pior ano das últimas duas d�cadas, a área destru�da pelo fogo ultrapassou os 425.000 hectares.
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