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– 10-09-2005 |
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Inc�ndios: Freguesias querem integrar protec��o civil para prevenir fogosBeja, 09 Set A ideia faz parte de um plano, com propostas sobre o papel que as juntas de freguesia querem assumir na preven��o e combate aos fogos florestais, que a ANAFRE vai entregar ao governo e que foi discutido hoje numa reuni�o do Conselho Directivo da associa��o, em Beja. No plano, a ANAFRE prop�e Também que o governo entregue �s juntas de freguesia equipamento de primeira interven��o, com uma viatura todo-o-terreno, e que coloque ao seu servi�o os recursos humanos m�nimos, na �poca de inc�ndios, para integrarem ac��es de limpeza e vigil�ncia das florestas. Em declarações � Agência Lusa, o presidente da ANAFRE, Armando Vieira, explicou que a disponibilidade das juntas de freguesia pretende "contrariar" a tend�ncia dos sucessivos governos de "negligenciarem" o papel destas autarquias na preven��o e combate aos inc�ndios florestais. "O papel das juntas de freguesia tem sido negligenciado pelos sucessivos governos, que nunca olharam com aten��o para o interesse e disponibilidade destes orgãos no combate aos fogos florestais", afirmou. Segundo o mesmo respons�vel, o governo deve avaliar o papel das juntas de freguesia na preven��o prim�ria e combate a fogos florestais e "equacionar a possibilidade de as dotar de responsabilidades e meios, t�cnicos e humanos, que não t�m nem nunca tiveram". As juntas de freguesias "estáo dispostas a assumir um papel na defesa da economia florestal – a primeira interven��o", acentuou Armando Vieira. "Trata-se de um papel simples e imediato que, na maior parte dos casos, se for posto em pr�tica, limitar� os focos de inc�ndio", defendeu. No entanto, o dirigente lembrou que a disponibilidade das freguesias "não deve fazer esquecer que cabe ao Estado, em primeira inst�ncia, proteger a floresta, tomando as medidas necess�rias". "Em vez de agir prevenindo, tudo o que temos feito até agora � reagir aos fogos, com os perigos e preju�zos inerentes", disse. Como exemplo, Armando Vieira sugeriu o reemparcelamento e reestrutura��o fundi�ria das zonas florestais, com a devida salvaguarda dos direitos de propriedade. Esta foi uma das conclus�es do inqu�rito realizado pela associa��o aos inc�ndios de 2003, o pior ano das últimas duas d�cadas durante o qual arderam 425.000 hectares, que juntamente com os dados j� dispon�veis da actual �poca estiveram na base do plano hoje discutido. Armando Vieira lembrou ainda que as conclus�es do inqu�rito apontam Também para a exist�ncia de uma ind�stria do fogo, uma vez que, afirmou, em 2003, grande parte dos inc�ndios florestais foram fogos postos. Segundo dados divulgados dia 30 de Agosto pelo ministro da Administração Interna, Ant�nio Costa, os inc�ndios florestais consumiram desde o in�cio deste ano uma área estimada em 240 mil hectares, um valor obtido através da análise das imagens de satélite. A área ardida confirmada no terreno até 28 de Agosto � de 166.339 hectares, segundo a Direc��o-Geral de Recursos Florestais, que detectou 28.670 inc�ndios. Os maiores valores de área ardida registaram-se nos distritos de Coimbra (22.661 hectares), Aveiro (19.108), Leiria (18.822) e Vila Real (17.559). Em 2004 arderam em Portugal cerca de 129.539 hectares e em 2003, o pior ano das últimas duas d�cadas, ultrapassou os 425.000 hectares.
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