Entre as conclusões do estudo estão as relacionadas com a proactividade dos CEOs das empresas familiares portuguesas que é elevada, pois 60% refere que tem níveis elevados de proactividade e 33% tem níveis médios. Já a propensão para a inovação é média (48%) ou baixa (43%). As empresas familiares portuguesas e europeias são conservadoras e com baixa propensão a assumir riscos.
A edição de 2022 do Barómetro Global das Empresas Familiares da KPMG procura analisar em detalhe o “segredo” por trás da longevidade e da capacidade em continuar a crescer com sucesso, década após década, e de geração em geração, das empresas familiares.
Cerca de 2.500 empresas familiares, a nível internacional, distribuídas por 70 países, participaram no barómetro anual realizado pela KPMG Private Enterprise e em conjunto com o STEP Project Global Consortium.
O barómetro revela que o desempenho das empresas familiares pode ser atribuído a vários factores, nomeadamente às características e às competências da liderança das novas gerações menos avessas ao risco do que os seus antecessores.
Vitor da Cunha Ribeirinho, CEO e Chairman da KPMG Portugal, refere em comunicado, que “de acordo com as conclusões do barómetro, quando o espírito empreendedor e o vínculo emocional à empresa são elevados, todos os outros elementos do desempenho da empresa funcionam de maneira exemplar”.
“Embora a fórmula do sucesso das empresas familiares seja baseada nas características singulares deste tipo de empresas, também há muitas lições para empresas não familiares que poderão ser aprendidas. Quando o empenho e o trabalho são de excelência, e quando adoptamos uma visão holística de estratégia e de desempenho e atribuímos igual importância ao negócio, aos colaboradores e à componente social, existe claramente uma maior probabilidade de sucesso”, refere o responsável pela consultora.
Entre os factores de sucesso ao nível das novas gerações encontra-se o aumento da diversidade de experiências, nomeadamente noutras organizações, antes de ingressar ou retornar à empresa familiar, bem como através de investimento de pequenas parcelas do capital familiar, que contribuam para um ganho de experiência nomeadamente na gestão de risco, conclui a KPMG.
De acordo com as empresas familiares inquiridas no estudo, esta abordagem contribui, a longo prazo, para um melhor desempenho.
Designado por “O poder regenerativo das empresas familiares”, este barómetro ilustra os factores que compõem a fórmula do sucesso e da capacidade de regeneração contínua das empresas familiares. […]
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Ao todo, 63% dos participantes nacionais operam no sector de actividade de Serviços, e 26% é do sector Industrial. Os restantes 11% pertencem aos sectores de Construção e Agricultura. […]