Um ano depois da sua apresentação pública, o ‘Projeto Tejo – Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste’ vai começar a ser estudado pelo Executivo que quer avaliar a sua viabilidade técnica e financeira, revela o Expresso.
Com um investimento estimado em 4,4 mil milhões de euros, este projeto pretende “dar uma nova vida ao Tejo”, “ser uma referência ambiental” e “permitir, futuramente, a navegabilidade do Rio Tejo, e em termos turísticos, potenciar uma nova realidade no Ribatejo”.
Em declarações ao jornal Expresso, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, revelou que o concurso para o estudo da viabilidade do projeto será lançado até 15 de maio e só depois será decidido se o projeto recebe ‘luz verde’.
Os responsáveis pelo projeto acreditam que estes servirá para combater a desertificação agrícola a que se tem assistido nos últimos anos, no Ribatejo e no Oeste, “onde, entre 1999 e 2009, a área das explorações agrícolas baixou 25%, de 720.000 para 550.000 hectares, fruto da falta de condições para uma agricultura rentável, o que só se consegue contrariar mediante a facilitação de acesso à água”, explicava há um ano Jorge Froes, engenheiro agrónomo de hidráulica envolvido na iniciativa.
A avançar, irá equipar com um sistema de rega em pressão e distribuição “uma área que poderá ir até aos 300 000 hectares, dos quais 260 000 hectares, no Vale do Tejo, e 40 000 hectares na região Oeste, integrando e modernizando, caso os mesmos o pretendam, os regadios coletivos já existentes, nomeadamente, Sorraia, Lezíria Grande, Carril, Alvega, Cela, Alvorninha, Sobrena, Óbidos e Liz”, dizem ainda os promotores.