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– 28-03-2013 |
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Estudo da Universidade de Aveiro
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A queima de madeira em equipamentos caseiros representa uma fonte consider�vel de emissão de poluentes para a atmosfera com consequente agravamento da qualidade do ar. Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) estima que cerca de trinta por cento das emissões de part�culas em Portugal tem origem na queima de madeira a nível. dom�stico. A percentagem tem em conta os dois milhões de toneladas de lenha que os portugueses queimaram em 2010 em lareiras e recuperadores de calor. E a tend�ncia, garantem os autores do estudo agora conclu�do, � que, face � crise econ�mica e ao aumento dos pre�os da electricidade e dos derivados do petr�leo, as quantidades de madeira queimada em casa e, naturalmente, do volume de polui��o que da� adv�m, tenham aumentado de l� para c�.
As conclus�es da investiga��o do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA alertam para o perigo que a percentagem tendencialmente crescente constitui para a Saúde pública. � que entre as part�culas emitidas pela queima dom�stica de madeira, e inal�veis pela popula��o, os investigadores encontraram "n�meros alarmantes" de compostos cancer�genos e elementos com capacidade de modificarem os genes e de provocarem problemas respiratérios.
"A queima dom�stica � uma fonte de polui��o que tem vindo a aumentar e que até recentemente, nos invent�rios de emissões, tinha sido quase desprezada", afirma C�lia Alves, investigadora do grupo de Qualidade de Atmosfera do CESAM. "Com a escalada dos pre�os dos combust�veis f�sseis e da electricidade tem-se verificado, não s� em Portugal como Também nos países do sul da Europa, um incremento significativo das quantidades de lenha queimadas a nível. dom�stico", sublinha a coordenadora do estudo.
Para a Saúde pública, as conclus�es do estudo da UA não são optimistas. "As quantidades de part�culas emitidas pela queima dom�stica em Portugal são preocupantes", alerta C�lia Alves que detectou "compostos cancer�genos e agentes mutagúnicos" no fumo caseiro. "E porque as part�culas são inal�veis e t�m capacidade de se depositarem nos alv�olos podem ainda provocar danos no aparelho respiratério", acrescenta a investigadora. Anualmente, aponta o estudo, mais de nove toneladas desses compostos e agentes, do grupo dos hidrocarbonetos arom�ticos polic�clicos, são despejados para atmosfera pelas chamin�s caseiras.
Equipamento e modo de queima fazem diferen�a
O trabalho da equipa do CESAM centrou-se na quantifica��o e análise das part�culas emitidas pela queima em lareiras tradicionais, num recuperador de calor não certificado mas com grande cota de mercado em Portugal e num equipamento semelhante mas com certifica��o em v�rios países europeus. Os investigadores desvendaram que o nível. da emissão das part�culas não varia particularmente conforme as especies lenhosas utilizadas mas sobretudo com os equipamentos usados e com as pr�ticas de queima.
Num país onde a certifica��o de equipamentos de queima "ainda está a ser discutida", C�lia Alves aponta que "h� imensas diferen�as quando comparamos os tr�s tipos de equipamento" no que diz respeito �s part�culas poluentes que cada um deles lan�a para a atmosfera.
O recuperador de calor certificado (usado apenas por cerca de sete por cento das casas com equipamentos de queima) permite um aproveitamento de calor mais eficiente e uma combust�o mais eficaz. Com isso, este equipamento tem n�veis de poluentes lan�ados para a atmosfera muito inferiores quando comparados com o recuperador tradicional (presente em 44 por cento das casas com equipamentos de queima). Por seu lado, o nível. de part�culas poluentes produzidos numa lareira convencional � oito vezes superior aos registados num recuperador certificado.
Quanto �s pr�ticas de queima, C�lia Alves aponta que "o arranque � a fase cr�tica, quer ao nível. das quantidades emitidas, quer ao nível. da composi��o, porque � nessa fase que se detectam os compostos mais perigosos para a Saúde pública". Assim, e ao contrário da pr�tica corrente, a especialista aconselha que o fogo seja iniciado em lascas de madeira colocadas em cima da lenha para evitar que o calor, vindo de baixo, provoque a liberta��o do material vol�til da madeira localizada na zona superior e se escape sem sofrer combust�o.
A investiga��o da UA desvendou ainda que, quanto mais h�mida estiver a madeira, mais part�culas poluentes lan�a para a atmosfera. De evitar � Também o uso de lenha de grandes dimens�es na fase inicial de forma a promover uma queima r�pida, reduzindo assim as emissões de part�culas poluentes durante esse período.
A investiga��o da UA utilizou várias especies tradicionalmente utilizadas em Portugal para lenha como o pinheiro, o eucalipto, o sobreiro ou a ac�cia e ainda os briquetes.
Fonte: UA
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