Local de origem dos residentes estrangeiros em Portugal ainda contribui muito para as condições que cada um deles encontra no país.
Se perguntar a profissão a um trabalhador estrangeiro a residir em Portugal oriundo de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde ou Guiné-Bissau é provável que receba como resposta “empregado/a de limpeza”. Já um cidadão que tenha vindo da China estará, quase de certeza, a trabalhar no comércio, enquanto as pessoas nascidas na Índia ou no Nepal terão mais probabilidade de responder que trabalham como trabalhadores não qualificados na agricultura. A mais recente publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE) retirada dos Censos 2021 foi divulgada esta segunda-feira e olha para a comunidade estrangeira residente em Portugal, mostrando que o local de origem tem muita influência na realidade desses moradores.
Tal como o PÚBLICO já adiantara, a partir de dados revelados pela Pordata este domingo, em 2021 5,2% da população residente em Portugal era estrangeira, com os cidadãos oriundos do Brasil (36,9%) a representar a maior fatia entre todas as comunidades que cá vivem. A mais recente publicação do INE detalha a realidade dessa população que, entre 2011 e 2021, sofreu algumas alterações, em termos do local de origem: houve um reforço dos cidadãos oriundos de países asiáticos e da União Europeia, e uma queda daqueles que cá chegam vindos de um país africano de língua oficial portuguesa (PALOP).
Nessa década, o crescimento dos cidadãos chegados do Nepal, por exemplo, foi de 1278,9%, mesmo que […]