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– 22-10-2002 |
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Eslov�nia : Agricultura j� aposta na qualidade e preserva��o do ambienteLisboa, 21 Out Em entrevista � agência Lusa, o ministro da Agricultura esloveno, Franc But, defendeu que o seu país � "o único j� completamente harmonizado com as regras exigidas pela UE" e que "não necessitaria de uma fase de transi��o". Ali�s, o nível. dos apoios em vigor na Eslov�nia tem vindo a evoluir para valores similares aos praticados na UE e no próximo ano seráo j� montantes id�nticos. O que � apresentado por Franc But como um problema nas negocia��es para a entrada por � o facto de o seu país ser "igual aos 15 Estados membros da UE e diferente dos restantes países candidatos" ao alargamento. No entanto, reconhece as dificuldades de competir no mercado internacional com custos de produ��o elevados, uma consequ�ncia das caracterásticas da agricultura praticada, amiga do ambiente, não intensiva e com menos pesticidas. "Os custos de produ��o deste tipo de procedimentos na agricultura são muito elevados, o que levanta problemas para entrar no mercado", explica. Contudo, h� uma parte da popula��o disposta a pagar mais para ter produtos alimentares de alta qualidade e produzidos de uma forma que segue as regras da natureza e as exig�ncia de protec��o ambiental. O ministro esloveno faz questáo de frisar que os produtos amigos do ambiente, "cujos pre�os devem ser mais altos", representam uma forma de ultrapassar a falta de competitividade dos países mais pequenos que não conseguem concorrer com os países grandes produtores. Estes, como a Alemanha, com elevadas produtividades e enormes quantidades produzidas, praticam uma agricultura intensiva o que torna poss�vel colocar os produtos a pre�os baixos. Para Franc But, aos países mais pequenos e com agriculturas extensivas, como a Eslov�nia ou Portugal, resta a aposta em nichos de mercado, e o esfor�o em obter um conhecimento espec�fico de organiza��o e presença no mercado, além da diversifica��o complementar relacionada com a agricultura, do turismo ao artesanato. Fundamental � Também, para o ministro, saber transmitir aos consumidores confian�a nos produtos, sem o que não estar�o dispostos a pagar pre�os mais altos. Com quatro por cento da popula��o na actividade agr�cola, a Eslov�nia iniciou a reforma do sector h� cinco anos atr�s, com objectivo principal de baixar os pre�os. Aumentou os apoios directos e passou a pagar aos agricultores pelas ac��es que desempenham na preserva��o da natureza. Assim, a vertente do desenvolvimento rural, assente na "multifuncionalidade da agricultura", muito frisada na revisão intercalar da Pol�tica Agr�cola Comum (PAC) proposta pela Comissão Europeia e que tem a oposi��o de v�rios países, como Portugal, j� � contemplada nos princ�pios base do sector, na Eslov�nia. Em 2003, o or�amento esloveno para a agricultura � de 300 milhões de euros, metade dos quais para o chamado "segundo pilar" do sector, ou seja, o agro-ambiente e o desenvolvimento rural, conforme explicou Franc But. A Eslov�nia exporta leite, vinho, alguns produtos resultantes da criação de animais, como presunto fumado, além de cevada e ma��s. Franc But visitou Lisboa na semana passada e aproveitou para contactar os deputados, através da Comissão Parlamentar para a Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, e o Governo, através do secret�rio de Estado adjunto e das Pescas. O ministro esloveno diz ter uma posi��o pr�xima da portuguesa acerca da agricultura, ou seja, mais "conservadora". Acerca da PAC, a opini�o de Franc But � que "as altera��es são necess�rias, mas não t�o fortes como prop�s Franz Fishler [o comissário europeu respons�vel pelo sector]". "Metade das medidas propostas são mesmo necess�rias", disse. Desligar as ajudas da produ��o não lhe parece inadmiss�vel tal como a modula��o (dar menos subsídios aos maiores produtores). A justifica��o passa pelo facto de "as zonas que não podem produzir economicamente terem de ser apoiadas [através de subsídios]". "A direc��o [seguida pelo comissário] � a certa, mas a proposta � muito forte", insiste. O futuro da UE tem de ter em considera��o as diferentes realidades existentes, pois "existem países muito grandes e países muito pequenos, como a Eslov�nia, �ustria ou Portugal" e as abordagens t�m de ser diferentes, salientou. Franc But � o presidente do partido social-democrata esloveno e foi nessa qualidade que esteve em Portugal, quinta e sexta-feira, onde participou, no Estoril, no Congresso do Partido Popular Europeu, a maior fam�lia pol�tica do Parlamento Europeu. A Eslov�nia � um dos 10 países do alargamento da UE, o qual dever� concretizar-se em 2004. Os restantes países são a Eslov�quia, estánia, Hungria, Let�nia, Litu�nia, Pol�nia, república Checa, Malta e Chipre.
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