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– 07-12-2009 |
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Corti�a: Prefer�ncia pelo natural cria oportunidades para as rolhas tradicionaisO aparecimento de vedantes alternativos � rolha de corti�a obrigou o sector a desenvolver produtos competitivos em termos de pre�o e de qualidade. Com o problema do sabor a rolha ultrapassado, a ind�stria acredita agora que as oportunidades v�o surgir da prefer�ncia por matérias naturais. "Houve um momento em que se abriu caminho para a entrada mais agressiva de vedantes alternativos" como o pl�stico e o alum�nio, diz Paulo Bessa, director de sustentabilidade corporativa da corticeira Amorim, numa visita � unidade industrial, em Coruche. Em meados de 90 a procura aumentou e fez subir o pre�o da corti�a. Ao mesmo tempo colocava-se a questáo de saber se existia corti�a suficiente para rolhar. "Houve de repente uma grande necessidade de vedantes e a resposta industrial foi come�ar a usar outros materiais", recorda Paulo Bessa, admitindo que "a coloca��o de maus produtos no mercado" Também ajudou a criar condi��es para o aparecimento de alternativas. Com a concorr�ncia a acentuar-se, a ind�stria corticeira procurou estratégias para recuperar quota de mercado. A Amorim respondeu com "investimentos fortes na área I&D". Paulo Bessa garante que, actualmente, a rolha de corti�a tem uma qualidade "consistente" e "não tem qualquer compara��o desfavor�vel em rela��o aos vedantes alternativos". além disso, acrescenta, "a corti�a oferece vantagens do ponto de vista ambiental que são cada vez mais apreciadas pelos consumidores. Estamos confiantes que da� viráo oportunidades". O principal problema que se colocava, explica, era a questáo dos aromas desagrad�veis associados � contamina��o por TCA, um composto respons�vel pelo gosto a mofo no vinho. "Isso foi resolvido com um conjunto de medidas preventivas e curativas", adianta Paulo Bessa. A corticeira Amorim decidiu, por exemplo, eliminar a corti�a que cresce em contacto com a terra da floresta, dando origem a poss�veis bolores, introduziu novos sistemas de cozedura e circula��o de �gua de todas as pranchas de corti�a e investiu em sistemas de descontamina��o de compostos e em tecnologia de cromatografia gasosa para detectar n�veis de TCA. A Inovação passou Também pelo lan�amento de novos produtos, como a rolha t�cnica conhecida como 1+1, constitu�da por um corpo de corti�a com discos de corti�a colados ou a rolha de microgranulados, mais competitivas em termos de pre�o que as rolhas naturais. Apesar de a crise econ�mica ter afectado a actividade da Amorim, Paulo Bessa mostra-se confiante. "Pelo posicionamento que temos, em termos de produtos e de procedimentos, h� um conjunto enorme de oportunidades a nível. dos consumidores que procuram produtos naturais e tecnicamente eficazes, seja no vinho, na constru��o ou noutros segmentos que a corti�a tem vindo a explorar". O respons�vel destaca a "forte mensagem ambiental da corti�a" e a sua associa��o � viabilidade de um ecossistema que cumpre missões importantes no sequestro de carbono, na preserva��o da biodiversidade e no combate � desertifica��o. O "interesse crescente" dos mercados pela protec��o do ambiente impulsionou Também a gestáo sustent�vel da corti�a e a adesão � certifica��o. "� importante chegar ao mercado com uma cadeia de valor sustent�vel", salienta o respons�vel da Amorim. A Corticeira Amorim aderiu, em 2007, � iniciativa Business&Biodiversity em parceria com o Instituto de Conserva��o da Natureza e da Biodiversidade, e j� investiu 70.000 euros em projectos associados, incluindo financiamento de trabalhos de investiga��o e a criação de um servi�o de aconselhamento t�cnico gratuito para produtores florestais. A empresa lanãou Também um prémio, no valor de 7.000 euros, para distinguir as pr�ticas de gestáo sustent�vel do sobreiro e da biodiversidade associada. Este ano o galard�o foi entregue � herdade da Machoqueira do Grou em Coruche. Fonte: Lusa
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