A presidência chinesa da COP15 manteve o objetivo de proteger 30% do planeta no compromisso que apresentou hoje aos negociadores, propondo atingir pelo menos 20 mil milhões de dólares de ajuda anual dos países ricos para o acordo de biodiversidade.
Os negociadores na 15.ª conferência da ONU sobre biodiversidade (COP15), que decorre em Montreal, devem aprovar até segunda-feira, com base no texto da presidência, um “pacto de paz com a natureza”.
Para tentar resolver a questão financeira, a China propõe chegar “pelo menos a 20 mil milhões de dólares” de ajuda internacional anual para a biodiversidade até 2025 e “pelo menos 30 mil milhões até 2030”, segundo o projeto de acordo divulgado hoje.
Os países em desenvolvimento, liderados por Brasil, Índia e Indonésia, reclamavam um aumento para 100 mil milhões de dólares anuais da ajuda dos países ricos para salvaguardar a natureza, um apoio que atualmente está estimado entre sete e 10 mil milhões de dólares.
Os países do sul também estão a pressionar para a criação de um novo fundo global distinto dedicado à biodiversidade, como o obtido em novembro na COP27 no Egito para os ajudar a lidar com os danos climáticos.
Neste ponto, a China propõe um compromisso para se criar divisão dedicada à biodiversidade no seio do atual Fundo Mundial para o Meio Ambiente.
No projeto de acordo, a China mantém a proposta de colocar pelo menos 30% das terras e mares sob um nível mínimo de proteção. Atualmente 17% das terras e 8% dos mares estão protegidos.