A inflação mais alta dos últimos 30 anos não travou os lucros dos maiores supermercados em Portugal. O segredo não está apenas em vender muito, mas também na relação de poder com os fornecedores e na negociação de contratos. Já cercado por um megaprocesso da Autoridade da Concorrência, o setor arrisca agora pagar mais impostos.
Há uns anos, no máximo 10, era normal entrar na sede de uma cadeia de supermercados para uma reunião e ter que deixar o telemóvel guardado num cofre. Depois, podiam seguir-se duas ou três horas de espera, por vezes em salas pequenas onde a temperatura ultrapassava os 30 graus. Quando finalmente os fornecedores reuniam com os responsáveis da grande distribuição saíam muitas vezes com pens na mão – só assim uma parte da informação circulava, conta uma fonte do setor à SÁBADO. […]