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– 18-02-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Clima / Alentejo: Cen�rios para 100 anos prev�em mais calor e menos chuva�vora, 17 Fev Estas projec��es regionais acerca do clima futuro foram hoje apresentadas por Jo�o Corte-Real, especialista do Centro de Geof�sica da Universidade de �vora, durante uma confer�ncia sobre as altera��es clim�ticas e a gestáo dos recursos h�dricos no Alentejo. Promovido pela Casa do Alentejo e a Revista Alentejo, em parceria com outras entidades, o encontro que hoje decorre nas instala��es da Comissão de Coordena��o e Desenvolvimento Regional do Alentejo, em �vora, termina s�bado com uma visita � Barragem de Alqueva. Em declarações � agência Lusa, � margem do evento, em que apresentou uma comunica��o, o especialista do Centro de Geof�sica de �vora explicou que as antevis�es clim�ticas para o Alentejo, com base em modelos de clima num�ricos e estatésticos, respeitam ao período 2071/2100. "Estas s�nteses estatésticas regionais sobre o clima, para terem algum valor, t�m de abarcar 30 anos", frisou, reconhecendo que as projec��es, pela sua natureza, são "rodeadas de incertezas", mas que as mudan�as clim�ticas "são hoje j� vis�veis". "O Sul do Pa�s, e principalmente o Alentejo, � j� uma zona semi-�rida. No passado, o intervalo de tempo entre secas extremas ou severas era da ordem dos dez anos, mas, mais recentemente, ronda os cinco anos", exemplificou. De entre a s�rie de altera��es clim�ticas estimadas para o fim deste s�culo, Jo�o Corte-Real real�ou que o Sul do Pa�s, com especial incid�ncia no Alentejo, poder� esperar um "aumento de temperaturas, tanto das m�nimas como das m�ximas". "Provavelmente vamos ter mais ondas de calor do que no passado e secas mais frequentes, longas e intensas. Ao mesmo tempo, esperam-se Outonos e Invernos com menor precipita��o", referiu, explicando que os modelos de projec��o, mesmo com diferentes valores das vari�veis, "apontam qualitativamente para estes cen�rios". Contudo, o catedr�tico da Universidade de �vora sublinhou � Lusa rejeitar "cen�rios catastr�ficos" para o futuro. "Secas sempre tivemos e, por isso, não vamos ter fen�menos diferentes. Os extremos � que poder�o ser mais intensos e frequentes", disse. "Hoje, � moda a catéstrofe e quanto pior, melhor. Pessoalmente, não acredito nisso, até porque a natureza, que � s�bia, e o homem, se usar de forma s�ria as novas tecnologias para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, v�o saber enfrentar as mudan�as", argumentou. O especialista alertou ainda para a import�ncia destes fen�menos serem estudados para uma efectiva adop��o de medidas de adapta��o �s situa��es estimadas e de mitiga��o das consequ�ncias esperadas em áreas como o turismo, recursos h�dricos ou agricultura. "não sou especialista em matéria agr�cola, mas dever�amos come�ar a preparar estas eventualidades no Alentejo, nomeadamente pensando noutro tipo de culturas e num reordenamento do territ�rio", afirmou. Jo�o Corte-Real garantiu que, relativamente ao ambiente e �s altera��es clim�ticas, a humanidade deve "come�ar a reger-se mais pelo princ�pio da precau��o", ou seja, "prevenir em vez de remediar", e deixar de parte, "apenas e s�, o lucro". "Podemos negociar emissões de gases com efeito de estufa e andar a brincar com isso, mas se essas medidas não levarem a uma efectiva diminui��o, nada de positivo vai acontecer", disse. H� países, segundo o especialista, onde a redu��o das emissões de gases poluentes para a atmosfera � "levada mais a s�rio", mas Também "h� outros em que não � e não basta diminuir oito a dez por cento". "Os efeitos dessas diminui��es da emissão de gases poluentes s� seráo palp�veis na ordem dos 60 por cento e não acredito que v�o haver redu��es até um nível. fisicamente eficiente. S� com alternativas energ�ticas que sejam encaradas de forma s�ria", frisou.
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