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– 06-02-2003 |
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Chaves : Agricultores querem escoar batata a 12,5 c�ntimos por quilogramaChaves, 05 Fev Os manifestantes concentraram-se esta manh� em frente �s instala��es do Ministério da Agricultura, em Chaves, onde aprovaram por unanimidade uma mo��o de protesto que será enviada ao Governo. Posteriormente, as centenas de agricultores percorreram em marcha lenta, uns a p�, outros em tractores e carrinhas, as ruas da cidade de Chaves em direc��o � C�mara local. Pelo caminho efectuaram dois cortes simb�licos de estrada, em frente a uma das grandes superf�cies daquela cidade, onde aproveitaram para oferecer aos clientes que sa�am do hipermercado sacos de tr�s quilos de batata. "S� na minha freguesia existem cerca de mil toneladas de batata ainda por vender", afirmou � Lusa Gustavo Baptista, presidente da Junta de Freguesia de Travassos, concelho de Chaves. Segundo este autarca, nesta freguesia existem cerca de 200 agricultores que vivem quase exclusivamente da produ��o de batata, que estáo a passar por uma "situa��o dram�tica", porque estáo sem fontes de rendimento. Gustavo Baptista reivindica do Ministério da Agricultura o "escoamento urgente de toda a produ��o de batata existente na regi�o, com um pre�o nunca inferior a 12,5 c�ntimos o quilo". "Com este valor, apesar de não pagarmos os custos de produ��o, conseguimos pelo menos fazer frente �s despesas com os adubos e as batatas para a nova semente", salientou o autarca agricultor. Gustavo Baptista acredita que o Governo tem mecanismos para incentivar as grandes superf�cies a vender a batata nacional em detrimento da estrangeira, que segundo o autarca, chega a Portugal a cerca de seis c�ntimos o quilo, a pre�os com os quais � "imposs�vel competir". O produtor Alberto Vaz salientou a "concorr�ncia desleal" da batata estrangeira e acusou alguns comerciantes de comprarem este produto no estrangeiro e de o venderem como se fosse produzido no Alto T�mega. "Embalam as batatas e vendem-na com o r�tulo de Tr�s-os- Montes, isto quando todos sabemos que ela vem de Espanha a pre�os muito inferiores", sublinhou. O agricultor aproveitou para apelar ao Governo para "olhar pelos transmontanos, que vivem apenas da agricultura", e que come�am a ver o produto a apodrecer nos armaz�ns, sem ser vendido. Am�lia Teixeira, de Vila Verde da Raia, disse que ainda não conseguiu vender "um quilo de batata" desta campanha e salientou as "dificuldades econ�micas" que come�a a atravessar, j� que não possui mais fontes de rendimento. "Se não vendermos a batata ela não vai servir para mais nada a não ser estrume para as terras", sublinhou o agricultor C�ndido Santos. Armando Carvalho, dirigente da Confedera��o Nacional de Agricultura (CNA), apelou ainda ao Governo para que este diligencie junto da Associa��o Portuguesa de Empresas de Distribui��o, para que "esta inverta a estratégia até ao momento seguida da promo��o e venda de batatas oriundas de outros países em detrimento da batata regional". "Queremos ainda que se iniciem negocia��es para a celebra��o de contratos homologados, satisfazendo assim os interesses da produ��o e do com�rcio", afirmou. Os agricultores exigem ainda a criação de um entreposto regional para a batata, tendo por base o movimento cooperativo e associativo, que assuma conjuntamente com o Ministério da Agricultura, o manifesto da batata e a regula��o de pre�os, medida que classificam como estruturante para o futuro deste sector. Armando Carvalho apelou ainda ao Governo para aproveitar a actual discussão da PAC (Pol�tica Agr�cola Comum), em Bruxelas, para introduzir no quadro das negocia��es a proposta para a criação da OCM da batata, tendo em conta a receptividade e disponibilidade dos países da Europa do Sul. Se não houver uma resposta por parte do ministério do sector as reivindica��es dos produtores de batata, estes prometem "radicalizar" as formas de luta. O presidente da C�mara de Chaves, Jo�o Baptista, solidarizou-se com o protesto dos agricultores e salientou que iria tentar promover um encontro com o Ministério da Agricultura e Direc��o Regional de Agricultura de Tr�s-os-Montes e Alto Douro.
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