O modelo de Agricultura Regenerativa que estamos a tentar pôr em prática na nossa exploração, baseia-se em 5 princípios. Um deles é a redução dos distúrbios físicos e químicos do solo. Um distúrbio químico é a aplicação maciça de fertilizantes de síntese química. A maioria deles são sais que provocam um grande desiquilíbrio no solo. Estes fertilizantes de origem industrial não existem na natureza, são normalmente muito solúveis em água, as plantas têm uma grande facilidade em absorver-los. O grande problema são estes adubos aportam minerais de azoto, fósforo, potássio e outros na sua forma mais básica. A planta ao assimilar muito facilmente esta forma de azoto nítrico ou amoniacal, por exemplo, leva as plantas a terem de dispender muita energia para transformarem este azoto, em estruturas mais complexas com aminoácidos, polipeptídeos e proteínas, que são o produto final daquilo que nós queremos produzir, consumir, ou vender.
Se não aplicarmos está forma de nitratos e obrigarmos as nossas plantas a assimilarem o azoto o fósforo na sua forma orgânica, as nossas plantas vão assimilar os tais aminoácidos polipeptídeos e proteínas directamente da cadeia trófica do nosso solo vivo e activado com uma grande diversidade de fungos, bactérias, protozoarios nematodos benéficos,etc. Temos agora uma planta a ter de gastar muito menos energia para formar as suas estruturas mais complexas e a ter energia para formar metabolitos secundários, como gorduras, antibióticos, substâncias de proteção contra pragas e doenças. Com esta nova abordagem vamos puder poupar muito dinheiro, evitando distúrbios desnecessários no nosso solo e aumentando a sua vida biológica. Entramos assim num ciclo virtuoso de melhoria do solo , evitando lexivições destes adubos de síntese para o meio hídrico, evitando um dos grandes problemas do nosso planeta. Acompanhe-nos na forma simples de medir os açúcares presentes nas nossas plantas através de um refratometro. Estes açúcares provenientes da fotossíntese vão alimentar as estruturas das nossas plantas e serem exudados através das raízes, alimentando os nossos microrganismos de solo. Estes por sua vez vão fornecer à planta uma alimentação muito mais energética e saudável, tornando a planta muito mais resistente a pragas e doenças.
O artigo foi publicado originalmente em Milho Amarelo.