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– 20-12-2011 |
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Bispo de Beja denuncia "trabalho escravo" de imigrantes, mas autoridades ainda não detectaram nenhum caso este anoO bispo de Beja denunciou hoje que tem havido casos de "trabalho escravo" de imigrantes em explora��es agr�colas no Alentejo, mas as autoridades com ac��es de fiscaliza��o no terreno ainda não detectaram nenhuma situa��o este ano. "Tem havido casos Também no Alentejo, e em Portugal, de algum trabalho escravo sobretudo de pessoas e grupos" de imigrantes a trabalhar em explora��es agr�colas e que "são v�timas de intermedi�rios sem escr�pulos", disse � Agência Lusa Ant�nio Vitalino Dantas. Segundo o bispo, que não identificou explora��es em concreto, as condi��es de habitabilidade dos imigrantes, "sobretudo quando v�m em grandes grupos", "são quase nulas", porque "em casas j� meio abandonadas ou em pr�-fabricados ficam muitas pessoas aglomeradas". Os imigrantes "trabalham muitas horas para vantagem deles, porque conseguem usufruir, ao fim do m�s, de um sal�rio que compensa um pouco a sua desloca��o, mas nada disso justifica que sejam tratados como se fossem m�quinas e não seres humanos". Segundo o bispo, "tem havido casos de pessoas a alimentar-se nos caixotes do lixo", como aconteceu em 2010 na zona de Serpa, e h� dois anos foram encontrados romenos "a fugir de medo e a tiritar de frio e esfomeados na zona de Selmes" (Vidigueira). "são pessoas que estavam a trabalhar na agricultura em condi��es de escravatura", frisou, referindo que, "�s vezes, a culpa nem sequer � directamente dos agricultores, mas, claro, eles precisam da m�o-de-obra para uma agricultura intensiva". A Igreja "s� sabe" dos casos quando os imigrantes "j� não t�m defesa e v�m bater � porta" das instituições catélicas e par�quias a pedir ajuda, disse. "Muitos dos novos imigrantes, sobretudo da �sia, como não dominam a nossa l�ngua e, muitos deles, nem catélicos são, por vezes, não batem �s portas das nossas instituições, mas sabe-se que aparecem por a� um pouco abandonados", disse. Ant�nio Vitalino Dantas disse que tem denunciado os casos �s autoridades, que estáo "atentas" e "a fazer um esfor�o" para os investigar e detectar. A "posi��o de alerta" da GNR "� constante" e "este ano não temos caso nenhum de den�ncia" de trabalho escravo, "nem através de terceiros, nem de conhecimento pr�prio através das nossas ac��es", disse � Lusa o oficial de rela��es públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel Jos� Candeias. além de ac��es gerais, a GNR está a realizar, desde 1 de Novembro e até final de Fevereiro, a opera��o "Azeitona Segura", em explora��es agr�colas da margem esquerda do Guadiana, onde h� "muitos imigrantes sazonais" a trabalhar na apanha da azeitona, lembrou. "At� ao momento não temos tido casos de qualquer situa��o que possa estar relacionada com trabalho escravo e quase todos os dias lan�amos patrulhas para o campo e para onde trabalham imigrantes", disse o oficial. A opera��o "Azeitona Segura" conta com a colabora��o da Autoridade para as Condi��es do trabalho (ACT), servi�o de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Seguran�a Social. Em declarações � Lusa, a directora regional do Alentejo da ACT, Guilhermina Coelho, disse que t�m decorrido ac��es de fiscaliza��o em explora��es agr�colas "durante o ano inteiro" e sobretudo desde Outubro na actividade de olivicultura e, até agora, "não foram detectadas situa��es" de trabalho escravo. A ACT está no terreno e atenta a poss�veis situa��es" de trabalho escravo, mas "até ao momento não foram detectadas nenhumas", frisou. Fonte: Lusa
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