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– 21-05-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Biodiversidade: Parque Natural do Vale do Guadiana protege especies em extin��oM�rtola, Beja, 21 Mai Os projectos v�o estar em destaque, segunda-feira, nas comemora��es do Dia Internacional da Biodiversidade, que decorrem em M�rtola (Beja) e contam com a presença do ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia. Pedro Rocha, bi�logo e director do PNVG, explicou hoje � agência Lusa que os projectos em curso h� v�rios anos pretendem "salvaguardar a biodiversidade " daquele parque natural. "Trata-se de uma zona protegida onde existem várias especies que � urgente proteger e salvaguardar, porque t�m estatutos de conserva��o altamente desfavor�veis e correm o risco de extin��o", precisou. Entre estas especies, contam-se a abetarda e o sisão, duas aves amea�adas a nível. mundial, o saramugo, que s� existe no rio Guadiana e está "criticamente" em perigo de extin��o, e o coelho-bravo, alimento essencial para outras especies Também em extin��o. De acordo com o respons�vel, um dos projectos pretende "conservar e aumentar a popula��o de coelho-bravo, a principal esp�cie-presa do ecossistema mediterrúnico". Neste sentido, explicou, o PNVG disp�e de cercados onde está a reproduzir coelhos bravos em cativeiro, para depois serem libertados nas zonas onde existe uma baixa densidade populacional". "Com o repovoamento desta esp�cie-presa contribu�mos para melhorar as condi��es de nutri��o e inverter a tend�ncia de extin��o de outras especies, que se alimentam do coelho-bravo", explicou, exemplificando os casos de mam�feros carn�voros, como o lince ib�rico, e de aves de presa, como a �guia imperial e de bonelli. Outro projecto pretende salvaguardar "um dos valores naturais mais relevantes" do PNVG, as aves estepôrias, como a abetarda e o sisão, amea�adas de extin��o a nível. mundial, o corti�ol-de-barriga-negra e o pequeno falc�o penereiro-das-torres. Para tal, explicou Pedro Rocha, o parque assinou contratos com agricultores da regi�o "para os incentivar a semear culturas leguminosas, que permitam garantir condi��es de alimento e ref�gio" �quelas aves dependentes da agricultura de sequeiro. "T�m sido cultivadas parcelas, que variam entre os cinco e os dez hectares, de leguminosas, como a gramicha, a ervilhaca, o tremo�o-doce e o gr�o-de-bi co", exemplificou, acrescentando que, recentemente, foi cultivada uma parcela de 15 hectares de trevo-subterr�neo. O terceiro projecto pretende salvaguardar algumas especies amea�adas da fauna pisc�cola da bacia hidrogr�fica do Guadiana, como o saramugo, a boga do Guadiana, o barbo do Sul ou o s�vel. "A bacia do Guadiana � o único s�tio do mundo onde existe o saramugo, que sofreu uma redu��o de 80 por cento nos �ltimos 10 anos e está classificado como criticamente em perigo de extin��o", lembrou. De acordo com o bi�logo, a constru��o de barragens, a polui��o causada por descargas, as capta��es de �gua e a introdu��o de especies não autoctones e vorazes no rio, como o achig�, levou ao desaparecimento do saramugo de várias sub-bacias do Guadiana. Para inverter esta tend�ncia, no ambito do Plano de Gestáo para a Conserva��o do Saramugo, o PNVG está a desenvolver ensaios de reprodu��o daquele peixe em cativeiro. "O objectivo � criar stocks significativos de saramugos para libert�-los no rio e, desta forma, salvaguardar o futuro da esp�cie", explicou. "� mais um caminho fundamental na defesa do Saramugo", defendeu, lembrando que, em 2005, devido � seca, o PNVG monitorizou a situa��o de tr�s ribeiras do Guadiana (Carreiras, Chan�a e Vasc�o), tendo salvo 197 saramugos. "Setenta e um deles foram transferidos dentro da mesma ribeira e 126 foram mantidos em aqu�rio até � regulariza��o da situa��o nas ribeiras", explicou. Criado em 1995, o PNVG, gerido pelo Instituto de Conserva��o da Natureza (ICN) e integrado na Rede Natura 2000, tem uma área total de 69.600 hectares. Englobando parte dos concelhos de M�rtola e Serpa, ambos no distrito de Beja, o parque abrange um tro�o do vale do rio Guadiana que se estende desde a zona a montante do Pulo do Lobo (Serpa) até � foz da ribeira do Vasc�o, na fronteira entre o Alentejo e o Algarve.
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