O microbioma do solo é uma espécie de assinatura do terroir. Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estudam forma de regenerar o solo com aplicação de bactérias ‘boas’.
Vírus, bactérias e fungos são tão determinantes para a qualidade de um vinho como o terreno, a meteorologia ou a casta. Os microrganismos estão no solo, agarrados às raízes e na superfície das folhas, formando uma comunidade a que se chama microbioma e é característica de cada ser vivo. Nos últimos anos, o estudo desta população tem vindo a ganhar cada vez mais importância, em particular pelas suas implicações na saúde humana. Sabe-se hoje que problemas como a obesidade, o cancro ou até as doenças mentais podem estar relacionados com os vírus e bactérias que vivem na nossa pele, intestino, boca.
Mais recentemente, começou a perceber-se que também no reino vegetal, em particular na videira, a diferença entre uma planta saudável e uma doente, ou entre um bálsamo e um carrascão, também passa por estes fatores invisíveis. “Nos últimos cinco anos, e depois dos estudos em humanos, houve um grande boom na agricultura, com vários trabalhos a evidenciarem o impacto do microbioma [na saúde das plantas]”, observa Andreia Figueiredo, do instituto BioISI e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). No Dia da Investigação da FCUL, que […]