A bactéria ‘Xylella fastidiosa’ foi detetada em plantas de alecrim nas regiões Massamá e Monte Abraão, Sintra, e Luz de Tavira e Santo Estêvão, no Algarve, anunciou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
No âmbito do Plano de Ação Nacional para o Controlo da ‘Xylella Fastidiosa’ e dos trabalhos de prospeção oficias, “foi obtido um resultado positivo para esta bactéria numa amostra colhida num lote de plantas de alecrim existentes num viveiro” nas regiões de Luz de Tavira e Santo Estevão, estando por determinar a subespécie da bactéria, indicou, em comunicado, a DGAV.
No total, foram colhidas 122 amostras, que estão a ser analisadas no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.
Foi também estabelecida uma zona demarcada, na qual estão a ser feitas “amostragens intensivas a outras plantas suscetíveis à bactéria, assim como a averiguação de insetos vetores”.
Numa nota posterior, a DGAV anunciou que foram obtidos resultados positivos “num canteiro de plantas de alecrim existente num espaço público de zona urbana” em Sintra, tendo sido colhidas 44 amostras.
De acordo com o mesmo documento, os serviços de inspeção fitossanitária estão a implementar medidas para averiguar a origem das infeções e proceder a sua erradicação.
Em causa, está uma bactéria transmitida pelo inseto ‘Philaenus spumarius’ (vulgarmente conhecido como cigarrinha-da-espuma), que se alimenta do xilema das plantas e cujo ciclo se inicia na primavera.
A bactéria afeta um elevado número de espécies de plantas ornamentais e também espécies de culturas como a oliveira, a amendoeira, a videira ou a figueira.
Em 18 de janeiro de 2019, Portugal informou oficialmente a Comissão Europeia da presença da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em plantas de lavanda no jardim de um ‘zoo’ em Vila Nova de Gaia, no Porto, conforme disse à Lusa, na altura, uma fonte comunitária.
Xylella fastidiosa detetada em plantas de alecrim na região de Luz de Tavira e Santo Estevão