ANIA : "Associa��o apela a produtores de arroz para que recusem venda a 16 c�ntimos"
Vimos por este meio exercer o nosso direito de resposta em rela��o ao artigo publicado no dia 07/10/2004 por V. Exas. intitulado "Arroz: Associa��o apela a produtores para que recusem venda a 16 c�ntimos".
Analisando o artigo cumpre-nos desmentir, ponto por ponto, tamanha quantidade de incorrec��es e inverdades nele publicadas:
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O novo pre�o de interven��o, publicado no REGULAMENTO (CE) n.� 1785/2003 DO CONSELHO de 29 de Setembro de 2003, sobre a organiza��o comum do mercado do arroz, � de 150,00 �/ton, quando era de 298,35 �/ton, por forma a tornar o arroz da UE concorrencial com os arrozes do resto do mundo. Tudo isto era por certo do conhecimento da AOP como era dos industriais;
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Quando comparamos os alegados 0,16 �/kg, a que a AOP se refere, como o pre�o atribuído pela ind�stria � produ��o pelo arroz nacional, e o comparamos com os restantes pre�os praticado nos mercados concorrentes dentro da UE, mais precisamente com os pre�os do maior mercado da UE, o de It�lia, rapidamente se pode confirmar pela tabela em anexo, que as variedades nacionais (Ariete, Koral, Gladio e ou Thaibonnet) estariam a ser valorizadas correctamente. Assim, em Vercelli: Ariete 155/175 – média 165 �/t; Gladio – 145/150 – média 147,50 �/t. Em Novara: Ariete 160/170 – média 165 �/t; Thai Gladio e similares – 140/150 – média 145 �/t. Estes são valores oficiais das bolsas italianas publicadas no sitio da Ente Nazionale Risi, entidade oficial que tutela o arroz em It�lia. Estes pre�os representam os pre�os de compra e de venda como acontece em todas as bolsas mundiais (ver anexo);
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Em Espanha os pre�os de compra � lavoura rondam os 140/145 �/t para os arrozes agulha. Mais uma vez, em Portugal os pre�os praticados estáo acima destes, o que vem mais uma vez provar a certeza das nossas afirma��es;
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Tendo em aten��o a semelhan�a de pre�os praticados em Portugal e nesses dois países, v�-se que não h� qualquer "especula��o" praticada pela industria nacional. Os pre�os praticados na Europa correspondem a variedades não comercializadas em Portugal e que são extremamente valorizadas pelo consumidor atingindo pre�os de venda ao publico superior 2,00 �/kg. Da� que seja natural que a matéria-prima correspondente seja mais valorizada face �s variedades mencionadas em cima pela industria desses países (ver anexo);
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Como se pode facilmente entender, o arroz produzido em Portugal, maioritariamente Jap�nica (Carolino), tem que concorrer em primeiro lugar com os arrozes de Espanha, Fran�a, It�lia, Gr�cia e Hungria, os outros países produtores da UE e depois, com os arrozes do resto do mundo. � no m�nimo uma ingenuidade continuar a pensar na exist�ncia de um mercado fechado. Isto � querer continuar a viver no passado e os dirigentes da agricultura t�m que abrir os olhos para o presente e para o futuro. A ind�stria nacional h� muito que acordou para o presente e planeia o futuro. está na hora da produ��o fazer o mesmo;
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O abaixamento dr�stico do pre�o de interven��o com a necess�ria compensa��o aos agricultores, através da atribui��o de um subsidio (1.070,85 �/ha) algo que a ind�stria não disp�e, foi a resposta encontrada pela UE para enfrentar os desafios do futuro;
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Um dos grandes perigos que se p�e a toda a fileira do arroz europeia tem a ver com os acordos preferenciais entre a UE e os principais países exportadores de arroz: os EUA; a Tail�ndia; a Austr�lia e a Guiana (ACP). Com o alargamento a Leste, está-se assistir a uma grande pressão por parte destes países para um novo aumento dos contingentes pautais (TRQ) o que significa na pr�tica uma forte perturba��o no mercado europeu;
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Outro grande perigo e talvez o maior de todos, tem a ver com a abertura do mercado comunitário aos 48 PMA/LDC – Pa�ses Menos Avan�ados, decorrente do acordo "Tudo Menos Armas" e que levar� � plena liberaliza��o das importa��es de arroz desses países em 2009/2010. Ser� indispens�vel que as medidas de salvaguarda do mercado inter-no funcionem correcta e atempadamente, caso contrario o arroz produzido em toda a UE estar� em perigo (ver anexo);
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Tendo em vista estes desafios � fundamental, que toda a fileira, agricultura e ind�stria, se preparem para garantir a sua sobreviv�ncia. S� através de um aumento de produtividade e de altera��o de mentalidades se conseguirá faz�-lo. não � com a manipula��o do publico e da administração publica, através de insinua��es e inverdades atiradas para os meios de comunica��o social que os produtores agr�colas contribuem para este objectivo. Essa estratégia não funcionou no passado, e não vai com certeza resultar no futuro.
NR: O artigo intitulado "Arroz: Associa��o apela a produtores para que recusem venda a 16 c�ntimos" foi publicado em 07/10/2004 pelo Agroportal com base num despacho da Agência de notícias LUSA.
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Fonte: ANIA |
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