ASSOCIA��O NACIONAL DE EMPRESAS FLORESTAIS, AGR�COLAS E DO AMBIENTE
ANEFA re�ne com Secret�rio de Estado e com Gestora do ProDeR Apresentados tr�s programas para apoio � dinamiza��o do sector
A Associa��o Nacional de Empresas Florestais, Agr�colas e do Ambiente foi recebida, no passado dia 11 de Dezembro, pelo Secret�rio de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Eng.� Rui Barreiro e pela Gestora do ProDeR � Programa de Desenvolvimento Rural, Dra. Maria Gabriela Ventura.
Conquanto seja do conhecimento público a enorme import�ncia ambiental, econ�mica e social da floresta portuguesa, esta não tem sido considerada como prioridade nacional, e os �ltimos acontecimentos associados ao sector ditam que a falta de sustentabilidade da floresta portuguesa � uma realidade que, mais cedo ou mais tarde, comprometerá o futuro do nosso país.
Foi neste sentido que a ANEFA fez, mais uma vez, real�ar alguns problemas que t�m assolado o mundo rural. A taxa de corte superior � taxa de arboriza��o, a propaga��o do nem�todo e a falta de operacionaliza��o do ProDeR foram alguns dos temas abordados, j� que tendem a impor o desinvestimento e a escassez de matéria-prima, colocando em causa toda a economia nacional.
Associada a esta falta de sustentabilidade e ao crash na economia, aparecem os n�meros do desemprego, outra das preocupa��es da Direc��o da Associa��o, que considera que �a fal�ncia de inúmeras empresas tem resultado num aumento de desemprego local, colocando a fileira florestal e os cerca de 250 mil trabalhadores numa situa��o cr�tica, fragilizando o pr�prio sector�.
Apesar do clima de apreensão e d�vida em que se encontra o mundo rural, foi com enorme expectativa que a ANEFA verificou a vontade das autoridades em apostar na Agricultura e na Floresta nacionais. Pela primeira vez, o sector prim�rio está a ser encarado como um elenco de grandes oportunidades de desenvolvimento, riqueza e investimento.
Conhecendo as fragilidades dos sectores, parece agora evidente o diagn�stico do que terá de ser o futuro próximo. � urgente agilizar o ProDeR, fazendo com que o país, agricultores e propriet�rios consigam aproveitar as ajudas a que t�m direito. � urgente voltar a reflorestar e a investir na manuten��o dos espaços florestais, devolvendo � Floresta portuguesa a sua import�ncia.
Embora seja de louvar esta mudan�a de atitude, a Direc��o da Associa��o adianta que não se pode simplesmente esperar para ver. Como sublinham os seus dirigentes:
�Nunca foi postura da ANEFA apontar o dedo sem adiantar solu��es, por isso, fizemos questáo de demonstrar a nossa preocupa��o, mas, igualmente, apresentar algumas solu��es que poderiam impulsionar o sector florestal e contribuir para a sua sustentabilidade�.
Tr�s programas para dinamizar o sector
Numa �ptica construtiva, a ANEFA deixou um apelo �s entidades com quem reuniu, tendo apresentado tr�s programas para dinamizar o sector.
O Programa FLORESTAR, com o grande objectivo de aumentar, de forma cont�nua, a taxa de arboriza��o, gerar oportunidade de trabalho para viveiros e empresas de florestação, garantir matéria-prima � ind�stria e empresas de explora��o florestal e criar novos sumidouros de carbono. Uma iniciativa que teria como base o Fundo Florestal Permanente que, no seu conjunto, gera anualmente cerca de 30 milhões de euro que, aplicados em arboriza��o, representaria a criação de mais de 2 mil postos de trabalho permanentes por ano, a plantação de aproximadamente 24 milhões de plantas, a florestação de 15 mil hectares por ano e ao nível. das receitas para o Estado, cerca de 7,5 milhões de euros de contribui��o para a Seguran�a Social.
O Programa NEM�TODO, envolvendo todos os agentes do sector, deveria atribuir �s organizações de Produtores Florestais, a prospec��o da doen�a, �s empresas de explora��o florestal com capacidade t�cnica de execu��o, as opera��es no terreno, � ind�stria, o processamento priorit�rio da madeira infectada e ao Estado, a fiscaliza��o.
Estas ac��es, associadas aos períodos de tempo necess�rios, pretendem a restri��o da doen�a, apenas com prospec��o e divulga��o de informação, um maior controlo e uma redu��o da despesa pública (as pr�prias empresas, sabendo da limita��o no uso da matéria-prima, ajudariam na prospec��o sem custos impl�citos) e a oportunidade de revitalizar o sector, uma vez que o volume de madeira infectada equivale a uma perda de 40 milhões de euros e de 11.000 hectares de pinheiro bravo, sendo que a este está subjacente cerca de 16,5 milhões de euros necess�rios para reflorestação, com um esfor�o log�stico no m�nimo de 33 mil horas de m�quina, 44 mil jornas de pessoal e cerca de 14 milhões de plantas.
O Programa CANCRO RESINOSO DO PINHEIRO, em que a detecção e eliminação das zonas afectadas pelo Fusarium circinatum devem considerar inspec��es fitossanit�rias atempadas e equacionar protocolos com o maior n�mero poss�vel de laboratérios, permitindo tempo de resposta �s análises que advenham das amostras recolhidas.
A selec��o de plantas e destrui��o das mesmas implica ter em aten��o a difusão do fungo, pelo que deve ser evitado o período invernal, acautelando que o vento ou a chuva sirvam de agente dispersor da praga.
Qualquer limita��o que advenha da transposi��o da Decisão Comunit�ria deve salvaguardar que os viveiros não fiquem impedidos de comercializar plantas, podendo assim contratualizar com outros fornecedores de material de reprodu��o florestal, evitando a fal�ncia de inúmeras empresas.
Este programa, cujo prop�sito remete � manuten��o das boas condi��es sanit�rias das sementes e plantas, ao planeamento das produ��es, � responsabiliza��o de autoridades e viveiristas e � manuten��o de postos de trabalho, deve ainda prever um plano de apoio � destrui��o de plantas infectadas, que dever� cobrir os custos de m�o-de-obra, o material de desinfecção das instala��es e material, a abertura de covas, a maquinaria utilizada e o pre�o da planta.
Lisboa, 16 de Dezembro de 2009
Fonte: Anefa
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