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– 11-11-2006 |
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Ambiente: Erros paisag�sticos e abandono rural causam inc�ndios e gastos extraLisboa, 11 Nov Segundo Ana J�lia Francisco, presidente da Sociedade Portuguesa de Arboricultura (SPA), "o facto de termos uma floresta plantada com intuitos de produ��o e muito mal planeada � causa de v�rios inc�ndios mas existem outros problemas ". Para Ana Francisco, "Também ocorrem por vezes problemas fitossanit�rios . Algumas pragas t�m sido introduzidas por especies que não são nossas" e � "importante reflectir sobre isso". A presidente da SPA assinalou Também � Lusa que, "quando se opta por especies não autoctones, h� geralmente um maior consumo de �gua e a� criam-se situa��es de insustentabilidade e verificam-se gastos que podiam ser evitados". "Os separadores de tr�nsito com relva, por exemplo, são do pior que existe em termos de manuten��o mas o que fazer se as pessoas s� querem relvados, relvados, relvados, como se estiv�ssemos em Inglaterra?" – questionou a respons�vel. A progressiva descaracteriza��o da paisagem portuguesa foi igualmente lamentada por Jorge Soares David, do Instituto Superior de Agronomia, para quem esse facto, "somado ao abandono da ruraliza��o", � causador de muitos fogos florestais. Apesar de reconhecer o problema, o docente considerou que se trata de uma situa��o dif�cil de inverter: "A sociedade actual � uma sociedade urbanizada e não h� quem queira intervir nos meios rurais, pelo que essas áreas estáo a desaparecer". Um desinteresse que "Também � evidente no Instituto Superior de Agronomia, onde existem diversos cursos ligados ao meio rural mas poucos jovens interessados em frequent�-los", contou Jorge David � Lusa. A mesma preocupa��o foi expressa pelo arquitecto paisagista Gon�alo Ribeiro Telles. "Para se ter uma ideia do ponto a que isto chegou, basta ver que nas aldeias da Beira e do Norte as pessoas estáo a vender os muros de pedra seca e as passagens de granito das ribeiras, entre outros elementos da paisagem local, aos espanh�is. E eles levam tudo para Madrid, pois sai mais barato adquirir a quem vende por tuta-e-meia, do que mandar fazer", lamentou em tom cr�tico. Em rela��o �s especies novas que são preferidas �s ind�genas ou tradicionais, o arquitecto paisagista lembrou que "a introdu��o massiva de eucaliptos foi o primeiro grande erro nesta matéria, como os inc�ndios mostram". "Mas assiste-se a muitos outros atentados � paisagem – basta olhar para as �rvores da Avenida da Liberdade, em Lisboa, que t�m caldeiras rid�culas. � por isso que as ra�zes rebentam o pavimento", afirmou. Em Agosto de 2005, a prop�sito da reedição do livro "A �rvore em Portugal", que Ribeiro Telles escreveu com Francisco Caldeira Cabral em 1960 e que j� fora relan�ado em 1999, o Também fundador do Movimento Partido da Terra lamentou que "o livro se esgote e os respons�veis nada aprendam". Como expressou ent�o, "tanto territ�rio ardido não faz sentido num país que tem um Estado" e bastava "mudar as pol�ticas de ordenamento" para que a incid�ncia de fogos diminu�sse. "O Alentejo, devido � presença dos sobreiros e azinheiras, naturais naquela área, � menos propenso ao fogo do que regi�es como Leiria, com povoamentos de pinheiro e eucalipto", declarou � data Gon�alo Ribeiro Telles. O ex-ministro de Estado e da Qualidade de Vida, para quem importa "recuperar a complexidade do mundo rural, dando �s aldeias meios de subsist�ncia local e regional para ajudar a fixar a popula��o" tem-se afirmado várias vezes defensor da "recupera��o da agricultura tradicional, de cariz mediterrúnico, polivalente e compartimentada, aspecto que � essencial para deter o fogo".
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