A empresa AlgaEnergy tem em curso o PhycoAlgae, um projecto próprio de I+D+i (investigação + desenvolvimento + inovação) que visa definir um novo processo de produção, extracção, concentração, purificação e estabilização da ficocianina – uma proteína «valiosa» com várias propriedades – a partir de microalgas verdeazuladas. O projecto envolve um investimento superior a 370.000 euros e conta com o apoio financeiro da Corporación Tecnológica de Andalucía (CTA).
O objectivo do projecto é «optimizar o novo processo de forma integral, desde o cultivo da microalga produtora da ficocianina nas instalações de cultivo de microalgas da AlgaEnergy até ao desenvolvimento de preparados comerciais deste composto com diferentes graus de pureza», explica um comunicado da empresa. Para tal, «serão optimizadas as condições de cultivo da microalga produtora para maximizar a acumulação de ficocianina, bem como o processo de industrialização da sua extracção para aproveitamento comercial como aditivo alimentar, corante natural e outras aplicações comerciais de interesse».
Segundo a AlgaEnergy, a ficocianina «é uma ficobiliproteína de cor azul intenso produzida por algumas microalgas» e «está presente na face externa da membrana dos tilacoides das cianobactérias». Pode ser extraída para ser utilizada como corante natural, tratando-se do «único corante de cor azul 100% natural aproveitável na indústria alimentar».
A empresa de base biotecnológica acrescenta que este corante possui também «propriedades terapêuticas, antioxidantes, antifúngicas e antivirais, pelo que a sua aplicação potencial se expande a várias indústrias, entre as quais se destacam a alimentar e a cosmética». Neste projecto, a AlgaEnergy vai ter o apoio do grupo “Estrutura e dinâmica de sistemas químicos”, dirigido por Ruperto Bermejo, da Área de Químico-Física da Escola Politécnica Superior de Linares, da Universidade de Jaén.
(Na fotografia, Ruperto Bermejo com Augusto Rodríguez-Villa, presidente da AlgaEnergy.)