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– 20-02-2003 |
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Agricultura : Produtos nacionais competitivos devem ter aten��o especialBruxelas, 19 Fev O eurodeputado socialista, que falava num encontro com jornalistas portugueses sobre a PAC, criticou a situa��o actual do sector, salientando que "o principal problema não � t�cnico, mas sim da incapacidade nacional de criar uma estratégia pol�tica de negocia��o em Bruxelas". Em Portugal, "a �nica discussão pol�tica que tem impacto � influenciada por um pequen�ssimo lobby, altamente financiado pelos dinheiros de Bruxelas, mas que não favorece os interesses da agricultura portuguesa", acusou, acrescentando que qualquer agricultor "conhece as profundas incompatibilidades da actual PAC com a evolu��o futura da agricultura nacional, pelo que se deveria transformar em militante activ�ssimo contra esta pol�tica". Como os principais benefici�rios dos apoios financeiros são grandes produtores, nomeadamente de cereais, onde o país não consegue ser competitivo, produ��es como as hort�colas, frut�colas, batata, vinho, azeite ou mesmo queijo, lutam com dificuldades para impor-se no mercado, sustentou. As raz�es para esta situa��o prendem-se com a aus�ncia de ajudas comunitárias (com excep��o para o azeite), mas Também � falta da "arruma��o" da fileira e da comercializa��o, uma área onde Portugal apresenta um caso que � exemplar a nível. europeu: o leite, onde se conseguiu uma organiza��o competitiva, como o prova a associa��o de cooperativas Lactogal, referida pelo eurodeputado socialista. Para Ant�nio Campos, estes sectores deviam receber apoio ao aumento e concentra��o da produ��o de modo a facilitar o acesso aos mercados interno e externo, uma tarefa em que a imposi��o de marcas aos consumidores, fidelizando-os, � essencial. E aqui, o papel do Estado �, para os socialistas, juntar as cooperativas e criar uma estrutura com peso, como uma central de comercializa��o. "Sem a concentra��o da produ��o, a exig�ncia de qualidade, o atractivo da embalagem e a divulga��o da marca e do nome comercial por produto, as dificuldades comerciais seráo cada vez maiores" até porque, actualmente, "o mais dif�cil não � produzir, mas sim comercializar", frisou. Segundo dados referidos por Ant�nio Campos, os produtos para que Portugal apresenta mais potencialidades – nomeadamente pelas condi��es de solo e clim�ticas – onde se incluem os produtos tradicionais de algumas regi�es, como a pôra rocha, porco alentejano, vinho ou o queijo da serra, representam mais de 55 por cento da produ��o agr�cola nacional. Tanto Ant�nio Campos, como Lu�s Capoulas Santos, ex-ministro da Agricultura do anterior governo socialista, Também presente no encontro com a imprensa, vincaram "a imoralidade e a injusti�a" de uma PAC que, em Portugal, prima pela desigualdade de distribui��o de ajudas ao não apoiar 150.000 dos 412.600 agricultores existentes. Mas, dos 272.000 contemplados com ajudas, 202.500 recebem 11,5 por cento dos subsídios. Do outro lado, "está o lobby poderoso dos 1.655 agricultores, os mais ricos de Portugal, representando 0,4 por cento do total, mas que recebem mais de 47 milhões de contos" do total de 122 milhões, apontam. Ou seja, dos 412.600 agricultores portugueses, 86 por cento recebem entre zero e 69 contos, o que perfaz 14 milhões de contos do total anual. A preocupa��o dos socialistas com a agricultura nacional aumenta numa altura em que foi apresentada a segunda versão da proposta de altera��o da PAC pela Comissão Europeia, que conta com dois condicionalismos, por um lado, o congelamento do or�amento comunitário, por outro o alargamento da UE. Para aqueles eurodeputados a nova PAC devia basear-se num c�digo de boas pr�ticas agr�colas, indo no sentido da qualidade e do respeito pelo ambiente, mas valorizando a diversidade e potencialidades dos v�rios espaços rurais europeus. No contexto da reforma da PAC o leite foi muito focado no encontro, mas as posi��es de Ant�nio Campos e Capoulas Santos não são totalmente similares, pois o primeiro defende uma redu��o ligeira da quota nacional, para levar a uma adapta��o do subsector �s novas condi��es futuras, com a redu��o dos pre�os devido � nova proposta da CE, enquanto o segundo refere a manuten��o das quotas.
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