O comportamento da ministra da Agricultura na preparação do Plano Estratégico para a Política Agrícola Comum (PEPAC) tem gerado um coro de protestos de vários setores da sociedade
A Agricultura Portuguesa tem, nesta altura, um desafio especialmente importante na preparação do próximo quadro dos apoios financeiros comunitários. Mas um bom aproveitamento destas oportunidades exige competência e rigor por parte dos responsáveis em Portugal. Mas não é isso que está a acontecer. Pelo contrário, o comportamento da ministra da Agricultura na preparação do Plano Estratégico para a Política Agrícola Comum (PEPAC) tem gerado um coro de protestos de vários setores da sociedade. Peritos que participaram no Conselho de Acompanhamento da Revisão da Política Agrícola Comum demitiram-se discordando profundamente do modo como os trabalhos do Conselho têm sido conduzidos, e o mesmo tipo de crítica tem sido feita por vários setores ambientais. A própria Confederação dos Agricultores de Portugal, considerando que a ministra desrespeita as regras negociais mais elementares, passou a enviar os seus contributos diretamente ao primeiro-ministro.
Outra reprovação, talvez ainda mais significativa, veio da Comissão Europeia, quando chumbou a proposta de reprogramação Financeira do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020) para o período intercalar 2021-2023. Esta situação, completamente inédita na longa história do nosso relacionamento com a Comissão Europeia, terá sido motivada pela inexplicável inobservância por parte de Portugal das regras de contabilização das medidas agroambientais e representa um atraso significativo na concretização de medidas de apoio à agricultura. Foi, para além disso, uma demonstração, agora internacional, de incompetência da ministra e dos dirigentes por si escolhidos, sempre em […]