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– 02-04-2003 |
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Confer�ncia de ImprensaA agricultura nacional sem sangue novo1. Breve análise da situa��o dos Jovens AgricultoresA popula��o agr�cola portuguesa, para além de envelhecida está a decrescer a um ritmo que satisfaz as exig�ncias pol�ticas e econ�micas das chamadas sociedades desenvolvidas, em que a popula��o agr�cola representa apenas uma pequena percentagem do total da popula��o do país conseguida � conta do envelhecimento dos agricultores e da sua não substitui��o, dado que os jovens ou não se reflectem na agricultura ou encontram muitas dificuldades das quais destacamos o acesso � terra, ao financiamento e aos mercados, quando procuram abra�ar a actividade. Na nossa opini�o, se considerarmos este ritmo de abandono da actividade agr�cola, em Portugal e de resto na maioria dos Pa�ses da União Europeia, daqui a tr�s d�cadas, quando os actuais agricultores j� não tiverem condi��es de continuar a actividade, deixaremos de ter agricultura em Portugal. Pensamos que não � isso que queremos para Portugal, um país totalmente dependente do exterior, com toda a sua actividade agr�cola parada ou ent�o um parque ecol�gico, onde se possam visitar algumas actividades em extin��o! A AJAP quer mais para os Jovens Agricultores e o contexto apesar de complicado parece favor�vel a que pol�ticos e respons�veis a nível. nacional e europeu aceitem de uma vez por todas dinamizar todo o espaço europeu de uma forma integra projectando e renovando a agricultura e as actividades a ela associadas. Propomos um conjunto de medidas, que permitam o retorno da popula��o � agricultura, mas não queremos uma agricultura pobre, onde o Jovem agricultor seja mal visto quer pelas instituições (por exemplo a banca relativamente ao cr�dito), quer pela popula��o em geral porque o Jovem Agricultor tem direito a ser um empres�rio de sucesso, a agricultura tem que ser cada vez mais uma actividade atractiva, competitiva e mobilizadora. De acordo com os dados cedidos pelo IFADAP, referentes � instala��o de Jovens Agricultores, no período de 1986 até � actualidade, verifica-se a seguinte situa��o:
Regi�es com maior peso na instala��o de Jovens Agricultores:– Ribatejo – Oeste : 5.216 instala��es (28,4%) – Entre Douro e Minho: 3.827 instala��es (20,8%) – Tr�s os Montes : 3.567 instala��es (19,4%) TOTAL DAS TR�S REGI�ES: (68,6%)Principais Rubricas de Investimento: – M�quinas e Equipamentos e Constru��es (Cerca de 65%) do Total de Investimentos Realizados. OUTRO DADO IMPORTANTE:Apesar de o n�mero de instala��es de Jovens Agricultores ter vindo a diminuir ao longo dos �ltimos anos (1987-1.598 Jovens Agricultores; 1989 – 2.103; 1999 – 786), tem-se verificado que estes contribuem de forma significativa para a moderniza��o do sector. Pois sectores como o sector do leite, hort�colas frescos e horto industriais, passando pela produ��o de flores de corte e ornamentais, a eles devem o seu sucesso. Conscientes que novos desafios se nos colocam, encaramos o futuro, apesar de todas as dificuldades, com algum optimismo. Estaremos com certeza mais preparados e mais sens�veis ao alienamento da actividade a outras inerentes, respons�veis pela dinamiza��o do espaço rural, tais como o combate � desertifica��o e a reanima��o de zonas fragilizadas que se não tiverem interven��o urgente não passam de zonas marginais amea�adas pelos inc�ndios e pelo abandono. 2. Como inverter esta situa��o?A partir de quatro aspectos fundamentais
a AJAP definiu o seguinte conjunto de propostas, estando disponível. para conjuntamente com o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas constituir um grupo de trabalho que analise e determine de que forma � que estas e outras medidas podem ser enquadradas e disponibilizadas aos Jovens Agricultores: 2.1. Revisão da actual Lei da Terra, que se encontra desactualizada e que dificulta o arrendamento, a posse e a transmissão da terra; 2.2. Forma��o profissional:
2.3. Criar linhas de cr�dito que permitam o in�cio ou o relan�amento da agricultura, as quais devem ter o aval do Estado, mas devem ser avaliadas com o máximo rigor, em função da exequibilidade e da taxa de sucesso dos projectos. Uma das mais importantes seria uma linha de cr�dito bonificado para a disponibiliza��o de meios financeiros aos jovens empres�rios agr�colas que pudesse suprimir as nossas limita��es em capitais pr�prios. 2.4. Em rela��o � Medida 1 do Programa AGRO dev�amos, por um lado, acrescentar alguns aspectos espec�ficos da nossa agricultura – criação de um processo de isen��o do pagamento do IVA nos investimentos constantes no processo de instala��o, manuten��o da majora��o da ajuda dada nos projectos de investimento para além do primeiro até ao limite de idade, estabelecimento de prioridades reais e actualizadas na gestáo e atribui��o de direitos de produ��o aos jovens agricultores, e, por outro, incentivar a instala��o dos Jovens no espaço rural através da criação de apoios � educa��o das crian�as no meio rural e �s mulheres na maternidade; 2.5. Nos primeiros anos de instala��o � desej�vel que o jovem agricultor crie solidez financeira, assim e no seguimento do que j� � feito noutros sectores propomos uma medida de benef�cio fiscal nos primeiros anos de actividade; 2.6. Promover a organiza��o dos mercados agr�colas tornando-os menos pulverizados, mais competitivos, organizados e especializados, e tornar cada vez mais vi�vel, pela simplifica��o, a capacidade do agricultor poder comercializar os seus pr�prios produtos; 2.7. Promover a multifuncionalidade da agricultura e o desenvolvimento de infra-estruturas, valorizar os produtos locais, fomentar novas actividades, como forma de preservar e dar continuidade ao espaço rural; 2.8. Ambiente: Sendo a questáo ambiental uma preocupa��o nacional e europeia ocupa para os jovens agricultores das bacias leiteiras do país uma responsabilidade acrescida pelo que propomos: – Lan�amento de um "plano integrado de requalifica��o ambiental das explora��es leiteiras" que conjugue a implementa��o de regras ambientais exigidas a nível. comunitário (pagamentos condicionados de acordo com a proposta – de reforma da PAC), adaptadas �s caracterásticas edafo-clim�ticas de cada regi�o, com meios financeiros que apoiem os investimentos necess�rios; – A AJAP desafia ainda as outras organizações de agricultores para a criação de uma "plataforma agro-ambiental" de modo a que os representantes dos agricultores falem a uma s� voz nestes aspectos.
31 Março 2003
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