A escassez, a qualidade e a drenagem da água surgem como questões–chave de interesse público sendo fatores importantes para o crescimento e sustentabilidade das cidades ao redor do mundo. Em meio urbano, as intervenções no subsolo têm impacto i) na recarga e nos níveis piezométricos das reservas hídricas subterrâneas, ii) no transporte e no destino de contaminantes, iii) nas interações entre as águas superficiais e as águas subterrâneas e iv) na estabilidade geotécnica dos terrenos.
Acresce que, tendo o nosso país uma maior densidade populacional na faixa litoral, fenómenos de intrusão salina provocados pela sobre– exploração e pela subida do nível médio do mar podem contribuir para a salinização de aquíferos costeiros. Todas estas questões devem ser encaradas de forma integrada, pois precisamos alimentar as cidades, regar os espaços verdes, abastecê–las de água para consumo e atividades económicas, sem negligenciar as necessidades hídricas dos ecossistemas e a estabilidade das estruturas construídas.
Para responder a estes desafios é necessário implementar metodologias que privilegiem uma equilibrada utilização dos solos, que combatam a escassez hídrica, que permitam inovar na prospeção, monitorização e tratamento de água, bem como implementar políticas públicas que estimulem a economia, a eficiência de sistemas de irrigação e distribuição e o cumprimento de normas integradas da proteção dos recursos hídricos e da estabilidade das construções.
No âmbito do 13.º Seminário sobre Águas Subterrâneas convidamo–los a contribuir com os vossos trabalhos e a debater estes temas, para que possam surgir novas formas de lidar com estas questões e encontrar soluções para estes desafios.
O prazo limite para apresentação de resumos ao 13.º Seminário sobre Águas Subterrâneas, foi alargado até ao dia 8 de abril.
Data: 28 e 29 de abril de 2022