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– 06-11-2009 |
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WWF: comissão do atum pressionada para proibir pesca do atum-rabilho do Atl�nticoA WWF, organiza��o de conserva��o global, pressiona os países que se re�nem esta semana no Brasil para concordarem com a proibição tempor�ria e urgente da pesca do atum-rabilho do Atl�ntico (Atlantic bluefin tuna), como uma medida essencial para evitar o colapso dos stocks desta esp�cie. A Comissão Internacional para a Conserva��o do Atum do Atl�ntico (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas – ICCAT) está reunida no Recife, Brasil, para a sua reuni�o anual e os 48 membros que a integram estáo sob pressão para definirem medidas efectivas de protec��o e defesa, a longo prazo, da sobreviv�ncia de uma esp�cie que tem sido vitima da pesca ilegal e da sobre explora��o, num claro desrespeito pela ci�ncia. "A WWF quer ver o atum-rabilho sobreviver no futuro, porque � uma esp�cie maravilhosa e tem suportado a ind�stria de pesca desde h� milhares de anos" disse Dr Sergi Tudela, Director do Programa Pescas da WWF Mediterr�neo. "Este � o papel do ICCAT: assegurar a explora��o comercial sustent�vel do atum-rabilho, missão que tem falhado de forma desastrosa neste mandato, conduzindo a um cen�rio em que não resta nenhuma outra op��o a não ser a proibição da pesca desta esp�cie e deixar este peixe recuperar. � a �nica sa�da, não existe um poss�vel Plano B." At� a pr�pria análise do ICCAT mostra que uma moratéria será a melhor sa�da para dar a esta esp�cie a oportunidade de recupera��o face ao problema grave da sobre explora��o dos sotcks de atum-rabilho no Oceano Atl�ntico e no Mediterr�neo. O comit� cient�fico desta organiza��o analisou os stocks deste peixe numa reuni�o extraordin�ria, que se realizou em Outubro, onde foi demonstrado, com base nos seus pr�prios dados, que o atum-rabilho do Atl�ntico preenche todos os crit�rios para ser listado no Ap�ndice I da Conven��o sobre Com�rcio Internacional de especies Amea�adas da Fauna e Flora (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora (CITES), tal como foi proposto pelo Principado do M�naco e que será alvo de vota��o no próximo m�s de Março – um passo que iria proibir todas as trocas comerciais internacionais desta esp�cie. A WWF considera que a proibição da comercializa��o desta esp�cie � uma medida paralela necess�ria a uma moratéria sobre a pesca. A análise cient�fica do ICCAT mostra ainda que uma suspensão da pesca � a �nica forma de assegurar a continuidade e sobreviv�ncia do atum-rabilho do Atl�ntico, para que a esp�cie deixe de estar abrangida pelo crit�rio do Ap�ndice I da CITES até 2019. "Os stocks de atum-rabilho estáo em colapso, mais ainda que a reputa��o do pr�prio ICCAT" acrescentou Sergi Tudela da WWF. "Para que o ICCAT justifique a sua exist�ncia e mostre ao mundo que � capaz de realizar uma gestáo respons�vel das pescas, a �nica sa�da será colar-se ao que a ci�ncia diz, encerrar agora a pesca do atum-rabilho e dar a este peixe a possibilidade de respirar. Outra coisa seria dar uma estalada na cara � ci�ncia, aos que se preocupam com a sustentabilidade do peixe que consomem e � pr�pria sobreviv�ncia do ICCAT – se não existir peixe, não existirá mais peixe para gerir." A ci�ncia mostra que a popula��o de atum-rabilho tem declinado para n�veis abaixo de 15% dos n�veis de pr�-pesca e pode ainda descer até aos 10%. Na reuni�o do ano passado, os membros do ICCAT passaram por cima do conselho do seu pr�prio comit� cient�fico e nem a possibilidade de encerramento da pesca mantiveram na agenda. A comissão do atum espantou o mundo com a proposta de um esquema que continuou a favorecer a sobre explora��o, que nomeou de plano de recupera��o mas que a WWF chamou de "plano de colapso". Em resposta, um n�mero crescente de retalhistas, restaurantes, chefs e consumidores estáo a parar de comprar, vender, servir e comer esta esp�cie amea�ada. Fonte: WWF
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