Há poucas coisas tão divertidas, quando provamos vinhos, como dedicarmo-nos a descobrir, pelo aroma e pelo sabor, quais as regiões a que podem pertencer aqueles que estamos a beber – muitos são perfeitas expressões do seu terroir, outros dificultam-nos a vida. Este mês trazemos África do Sul e Espanha para a mesa, na certeza de que pertencem ao primeiro grupo
As definições variam consoante os livros que são consultados, mas genericamente podemos definir o terroir – a palavra é usada, em qualquer língua, no francês original, porque assim tem um encanto que só ele permite – enquanto resultado de como o clima, o solo e a topografia, específicos de uma determinada região, influenciam o vinho que lá é produzido.
Como dissemos acima, há vinhos que expressam de forma mais exuberante essas características – mas há também regiões que, pela sua complexidade, são mais distintivas do que outras – e outros que as vão mascarando através de técnica ou de preferências particulares do enólogo, por exemplo, na escolha das castas usadas ou dos processos de vinificação escolhidos. […]