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– 26-03-2012 |
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Vinho: Ministério da Agricultura trabalha para manter "lugar hist�rico" no Brasil, exporta��es em causaO Ministério da Agricultura disse que "está a trabalhar para, junto do Governo brasileiro, conseguir que os vinhos portugueses mantenham o lugar hist�rico que sempre tiveram junto dos consumidores brasileiros". O Brasil � o quarto maior mercado para o vinho portugu�s, raz�o pela qual o alarme soou entre os produtores nacionais desde que, h� pouco mais de uma semana, as autoridades brasileiras anunciaram que iriam "averiguar a necessidade de aplica��o de medidas de salvaguarda sobre as importa��es brasileiras". H� "ind�cios suficientes de que as importa��es brasileiras de vinho aumentaram em condi��es tais que causaram preju�zo grave � ind�stria dom�stica", alegam. Contactado pela Agência Lusa sobre a questáo, o Ministério da Agricultura portugu�s respondeu que "está a acompanhar com aten��o a discussão levantada sobre o sector do vinho no Brasil e a sua influ�ncia nas importa��es de países terceiros (fora do Mercosul)". O Ministério informou ainda que, "em conjunto com o Ministério dos Neg�cios Estrangeiros, está a trabalhar para, junto do Governo brasileiro, conseguir que os vinhos portugueses mantenham o seu lugar hist�rico" no grande mercado brasileiro. O vice-presidente da Viniportugal e Também produtor Lu�s Pato olha para a situa��o com "grande preocupa��o". "O Brasil � um dos nossos mercados-alvo e, mais do que isso, estratégico", justificou. Para este produtor, ali�s, aquele país � o seu "primeiro mercado". Em 2011, as exporta��es de vinhos portugueses para o Brasil somaram quase 24 milhões de euros, mais cerca de 19 por cento face ao ano anterior. "O Brasil quer aumentar os impostos sobre o vinho importado de 27 para 55 por cento e a Europa não reage. O facto de eles impedirem que o vinho da Europa entre no Brasil não vai proteger os produtores brasileiros, porque os argentinos e os uruguaios não ficam limitados e produzem muito mais barato e melhor do que os brasileiros", analisou. O respons�vel considerou ainda que "este � um problema do Rio Grande do Sul", regi�o brasileira onde se produz mais vinho, e "um pequeno neg�cio para o Brasil". "Logo que a questáo surgiu, informei as autoridades portuguesas, inclusive o Ministério da Agricultura", salientou. O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel Cabral, defende que a questáo "� eminentemente pol�tica". "O IVDP tem acompanhado em detalhe e muito de perto a situa��o. Tendo em conta a import�ncia que o mercado brasileiro tem para o vinho do Porto e do Douro, o IVDP oportunamente colocou a questáo ao governo, designadamente ao Ministério dos Neg�cios Estrangeiros", real�ou. Manuel Cabral disse que o problema está a ser tratado "nesse ambito". Foi j� com esta sombra presente que decorreu a primeira edição da "Brasil International Wine Fair", no Rio de Janeiro, organizado pela Ess�ncia do Vinho Brasil em parceria com a ASSERJ – Associa��o de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro. "Os produtores europeus e até o Chile – que se encontra fora do Mercosul – seráo muito penalizados" se o Brasil avan�ar com medidas proteccionistas neste sector, alertou o director da Ess�ncia do Vinho Nuno Botelho. "além de restrições de volume, a medida poder� implicar regras mais apertadas, falando-se j� da obrigatoriedade de uma licen�a de importa��o que levar� a mais burocracia, tempo acrescido de autoriza��o e, claro, aumento de pre�o", salientou. "Este �ltimo aspecto � particularmente sens�vel, dado que o vinho europeu � tido como genericamente caro no Brasil pois, em média, a carga fiscal representa mais de 80 por cento do pre�o final junto do consumidor", exemplificou Nuno Botelho. Fonte: Lusa
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