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– 21-08-2003 |
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Vinha / Alentejo : Vindimas antecipadas para garantir qualidade do vinhoBeja, 20 Ago Com base numa ronda efectuada pela agência Lusa junto de algumas das principais adegas cooperativas dos tr�s distritos alentejanos – Beja, �vora e Portalegre -, foi poss�vel apurar que as vindimas, ou j� come�aram, ou iniciam-se nos próximos dias. "Vamos arrancar com as vindimas esta quinta-feira. Primeiro come�amos com as uvas tintas e, a partir de segunda-feira, com as brancas e tintas", explicou hoje Arlindo Ruivo, presidente da Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito. Reunindo perto de 300 associados, � a primeira vez, segundo Arlindo Ruivo, que aquela adega inicia as vindimas t�o cedo. "não me lembro de, nesta casa, alguma vez as termos feito nesta altura. Costuma ser no final do m�s". Uma situa��o "anormal" mas que, este ano, � comum �s várias regi�es vin�colas do Alentejo, numa altura em que os produtores até esperavam um aumento de produ��o, comparativamente � obtida em 2002. �scar Gato, da Comissão Vitivin�cola Regional do Alentejo, em declarações � Lusa no passado dia 13, explicou que as estimativas anteriores � vaga de calor (que se fez sentir nas primeiras semanas de Agosto) apontavam para um crescimento de 25 por cento na actual campanha. As chuvas ocorridas de Setembro de 2002 a Maio deste ano permitiram "o armazenamento" de �gua no solo para alimentar o ciclo de vida das uvas, transmitindo optimismo aos produtores. Por�m, como referiu �scar Gato, as elevadas temperaturas registadas este m�s na regi�o implicaram o desaparecimento da �gua e, nos locais onde ocorreram inc�ndios, sobretudo na regi�o de Portalegre, muitas plantas foram destru�das. "As expectativas que t�nhamos, h� dois meses atr�s, sa�ram completamente goradas", argumentou hoje Arlindo Ruivo, frisando que "40 a 45 por cento" da produ��o esperada na Adega Cooperativa da Vidigueira "está perdida". Relativamente � qualidade, o mesmo respons�vel adiantou que a antecipa��o das vindimas pode "salvar" a campanha de 2003. "O que está seco, seco está e não vai ser aproveitado. As uvas que v�o ser aproveitadas estáo boas e pensamos que, qualitativamente, vai ser um bom ano", adiantou. As quebras "m�ximas" na cultura da vinha esperadas pela Adega Cooperativa de Borba, segundo o seu director, Francisco Henriques, Também rondam "os 40 a 50 por cento" e quanto que, em média, "os s�cios v�o ter baixas de 20 a 30 por cento", comparativamente a 2002. Quanto � qualidade, disse, "vai manter-se nas vinhas que não foram afectadas pelas altas temperaturas que se fizeram sentir na primeira quinzena do m�s", sendo que as vindimas iniciam-se na pr�xima segunda-feira. "A antecipa��o justifica-se para podermos obter uma melhor qualidade do vinho. não tanto pelo facto de haver muita uva queimada pelo calor", frisou. Na Adega Cooperativa de Redondo, segundo o director-geral, Jo�o Carvalho, as vindimas j� come�aram na última segunda-feira, tendo a opera��o sido antecipada em duas semanas. O respons�vel explicou que, além do calor, uma forte trovoada que ocorreu na regi�o de Redondo a 01 de Agosto, com chuva e vento forte, contribuiu para aumentar os preju�zos, sobretudo nas uvas brancas. Dos 2.500 hectares de vinha dos s�cios daquela adega, 500 hectares apresentam quebras de produ��o "superiores a 50 por cento", enquanto que, na restante área, esses n�meros rondam "os 20 a 40 por cento". Na Cooperativa Agr�cola de Reguengos de Monsaraz (CARMIM), segundo o dirigente Joaquim Murteira, as vindimas iniciam-se Também esta quinta-feira, tendo o calor implicado quebras de produ��o de "20 a 30 por cento". "Os preju�zos v�o ser grandes mas a qualidade do vinho não vai ser afectada", ressalvou. Por �ltimo, a Adega Cooperativa de Portalegre Também determinou a antecipa��o das vindimas, tendo o seu presidente, Mata C�ceres, uma visão mais pessimista do que os restantes respons�veis relativamente � qualidade da produ��o. "Esta situa��o implica uma quebra na qualidade e Também na produ��o. Os bagos de uva come�aram a ganhar uma colora��o como se estivessem a fazer a matura��o mas os outros componentes, que se deveriam desenvolver paralelamente, não o fizeram", acrescentou. Os produtores alentejanos reclamam, agora, que o Governo d� "luz verde" para accionar o fundo de calamidades, o qual está integrado no sistema de seguros agr�colas. "Pagamos imenso de seguros e esta situa��o tem de estar coberta pelo fundo de calamidades. Uma coisa que tem de ficar clara � que, sem viticultura, o Alentejo acaba, porque esta � das poucas agriculturas que tem sucesso e futuro na regi�o", defendeu o dirigente da Adega da Vidigueira.
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