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– 19-03-2005 |
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Vila Real / Seca : Agricultores com preju�zos e aldeias abastecidas pelos bombeirosVila Real, 18 Mar O produtor Ant�nio Fernandes, da Lixa do Alv�o, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, disse hoje � Agência Lusa que, para alimentar o seu efectivo de cerca de 100 cabe�as de vacas maronesas, teve que comprar 58 toneladas de palha que lhe custaram cerca de 9.000 euros. "J� fui duas vezes a Espanha nestes �ltimos meses, mas agora come�amos a sentir dificuldades em comprar porque os espanh�is, com medo do futuro, Também j� não nos querem vender", salientou. Referiu que o feno e a palha armazenados estáo praticamente esgotados e não h� forma de repor esses produtos para o próximo ano, porque as produ��es cereal�feras de Outono e Inverno "ficaram completamente destru�das". M�rio Martins, de Sabrosa, referiu que, por m�s, tem gasto mais 2.000 euros do que o normal para alimentar as suas 130 vacas, j� que, como não h� pastos, teve que comprar mais palha e ra��es. "Este está a ser um ano muito complicado e não h� seguros que cubram estas situa��es", sublinhou o agricultor. Com 140 vacas leiteiras, o produtor Serafim Pita, de Vila Pouca de Aguiar, salientou que está a alimentar os seus animais com o feno e palha armazenada nos anos anteriores. "S� que como temos que diminuir a ra��o di�ria para poupar, as vacas come�am Também a dar menos leite do que o habitual", salientou. Serafim Pita prepara-se para semear cerca de cinco hectares de batata e milho, mas com "muita apreensão", porque afirma que não faz "a m�nima ideia" de como as vai regar. Também os produtores de hort�colas t�m sentido muitas dificuldades devido ao período de seca prolongado e �s fortes geadas de Janeiro e Fevereiro. Manuel Coelho, produtor de hort�colas em Sabrosa, afirmou que, na última semana de Fevereiro, perdeu 30 mil quilos de alface e alho franc�s, num preju�zo de 20 mil euros, tendo as temperaturas nas estufas atingido "menos nove graus". As dificuldades sentidas pelos agricultores levaram a Federa��o das Associa��es Agro-Florestais Transmontanas a reivindicar a declara��o do estado de calamidade agr�cola para este territ�rio. Na regi�o choveu apenas 40 por cento do que � normal entre Outubro e Março (com maior concentra��o no m�s de Outubro), pelo que o respons�vel pela Direc��o Regional de Agricultura de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (DRATM), Fernando Martins, pediu quinta-feira ao novo Ministro da Agricultura para incluir este territ�rio nas regi�es que v�o receber apoios governamentais. Também os viticultores da mais antiga regi�o demarcada do mundo – o Douro – estáo preocupados com os problemas causados pela aus�ncia de chuva no desenvolvimento da videira, uma situa��o que se poder� repercutir na produ��o de vinho da pr�xima campanha. Fonte da Associa��o de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADID), disse � Lusa que o solo da regi�o está sem �gua, pelo que as videiras, que nesta altura j� deveriam estar em crescimento vegetativo, ainda se encontram numa fase muito subdesenvolvida. Com a falta de �gua aumentam Também as preocupa��es das autarquias e são j� muitas as dificuldades sentidas no abastecimento domicili�rio e as iniciativas para colmatar este problema. Sete aldeias das freguesias de Fi�es e Veiga de Lila, em Valpa�os, estáo a ser abastecidas diariamente pelos tanques dos bombeiros e cisternas da c�mara local porque as nascentes e furos hertzianos estáo com os n�veis de �gua muito reduzidos. O presidente da C�mara de Valpa�os, Francisco Tavares, disse � Agência Lusa que normalmente, nos meses de Julho e Agosto, se registam algumas dificuldades de abastecimento de �gua domicili�ria na freguesia de Fi�es, um problema que, este ano, "teve in�cio muito mais cedo do que se esperava". Francisco Tavares salientou que alguns len��is fre�ticos do concelho estáo a "diminuir significativamente" pelo que, se não chover em abund�ncia nos próximos meses, a situa��o poder� ser muito "complicada". Segundo o autarca, a c�mara está j� a alertar a popula��o para a necessidade de um consumo moderado de �gua, uma iniciativa que está Também a ser tomada por outras autarquias do distrito. Em Boticas, além de apelar � redu��o dos consumos de �gua no concelho, a c�mara vai procurar mais capta��es de �gua de forma a acautelar o normal abastecimento das popula��es devido ao período de aus�ncia de chuva e � consequente redu��o do volume dos caudais. A pesca � truta, que deveria ter aberto no dia 01 de Março, está proibida no C�vado, em Montalegre, devido ao baixo caudal do rio, uma situa��o que vai passar a ser gerida e fiscalizada pela autarquia. A falta de �gua está Também a provocar um "trabalho anormal para a �poca" aos bombeiros do distrito, que entre Janeiro e quinta- feira combateram 520 focos de inc�ndio que queimaram 718 hectares, a maior parte dos quais de mato. Os concelhos mais afectados com os fogos são os de Montalegre, com 103 hectares de área ardida, Vila Real, com 76 hectares, e Chaves, com 55 hectares. O coordenador do Centro Distrital de Coordena��o de Socorros de Vila Real, Almor Salvador, referiu que comparativamente a anos anteriores os bombeiros apagaram mais 90 por cento de inc�ndios.
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