A Herdade Vale da Rosa e o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) assinaram um protocolo de cooperação com o objetivo de investir na formação contínua dos recursos humanos daquele que é o maior e mais reconhecido produtor nacional de uva de mesa, dotando os seus trabalhadores de competências técnicas de vanguarda nas áreas da Tecnologia e Inovação Alimentar.
Formalizado na última semana pelo Dr. António Silvestre Ferreira, Presidente da Herdade Vale da Rosa, e pela Professora Fátima Carvalho, Presidente do IPBeja, este acordo é a primeira semente de um projeto conjunto, centrado na partilha de conhecimento e no enriquecimento dos recursos humanos, que irá permitir o funcionamento do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) de Tecnologia de Inovação Alimentar, lecionado pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico, nas instalações Vale da Rosa.
Esta iniciativa dará a oportunidade a um grupo de trabalhadores da empresa de Ferreira do Alentejo de se inscreverem e qualificarem nestas áreas, “favorecendo a conciliação das atividades laborais com as atividades formativas, sem esquecer o bem-estar destes estudantes-trabalhadores pela possibilidade oferecida do curso funcionar nas instalações Vale da Rosa”, conforme foi sublinhado pelos, agora, estudantes, aquando da assinatura do protocolo.
Descrito pela empresa como uma jornada de aprendizagem, descoberta e crescimento, este curso propõe-se formar técnicos profissionais capacitados a trabalhar de forma autónoma ou integrada em equipa em qualquer etapa da fileira alimentar, desde o processamento de matérias-primas até a logística da distribuição e comercialização, com a aplicação de diversas tecnologias na inovação e desenvolvimento dos produtos.
A parceria agora estabelecida com o IPBeja é fruto do compromisso da Vale da Rosa em investir na formação pessoal e profissional dos seus trabalhadores, num esforço contínuo para reforçar a qualidade técnica dos seus recursos humanos e manter os elevados padrões de exigência com foco na adoção das melhores práticas da agricultura moderna, garantindo que a eficácia da produção segue sempre de mãos dadas com um cultura empresarial fortemente alinhada com a sustentabilidade e redução do desperdício alimentar.
O curso surge da estreita colaboração entre as duas entidades na identificação de oportunidades de trabalho conjunto, o que permitiu identificar necessidades de formação do grupo Vale da Rosa ao nível das Tecnologias e Inovação Alimentar. A equipa de docentes e investigadores do IPBeja considerou que o funcionamento do curso TESP de Tecnologias de Inovação Alimentar poderia suprir essas necessidades e, simultaneamente, constituir-se como uma oportunidade de densificação da colaboração ao nível da investigação e inovação tecnológica.
Nas palavras do Dr. António Silvestre Ferreira, a assinatura deste protocolo representa “um momento de grande importância e significado para a Vale da Rosa, com o estabelecimento da parceria com o Instituto Politécnico de Beja, para reforço e capacitação profissional dos nossos colaboradores. Estamos convictos de que se inicia um momento novo na nossa empresa e quero agradecer a oportunidade da realização do curso de Tecnologia e Inovação Alimentar, o qual será de grande valia e decisivo para o futuro da Vale da Rosa.”
De acordo com a Presidente do IPBeja, Professora Fátima Carvalho, “ao projetar uma formação plurianual em estreita colaboração com este importante grupo empresarial procura-se contribuir para que o IPBeja assuma uma posição de referência face às tendências evolutivas do ensino superior, que valorizam as sinergias decorrentes da proximidade entre as instituições académicas e as empresas. Esta iniciativa, a replicar com outros atores regionais, vem reforçar os relacionamentos e parcerias do IPBeja, e em particular da sua Escola Agrária, contribuindo de forma ativa para o desenvolvimento de um setor de atividade estratégico para a região.”
A Presidente do IPBeja considerou ainda que este protocolo representa “uma oportunidade de aproximação entre a formação ministrada e as necessidades do mercado de trabalho, num processo de ajuste sistemático das metodologias de ensino-aprendizagem a essas necessidades, nomeadamente ao nível das competências, aptidões e atitudes a desenvolver pelos formandos”. Afirmando ainda que, “o desenvolvimento curricular e as pedagogias a adotar irão beneficiar do funcionamento do curso em contexto de trabalho, capitalizando o carácter prático decorrente da experiência e know how de um grupo como a Herdade Vale da Rosa, uma experiência que o IPBeja gostaria de estender a outras empresas”.
Nesse sentido, o IPBeja e o grupo Vale da Rosa pretendem igualmente, através deste protocolo, promover e desenvolver projetos comuns de estudo, investigação e atualização, quer sejam diretamente financiados, quer sejam passíveis de candidatura a fontes de financiamento externo.
Fonte: IPBeja