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– 20-04-2004 |
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UE / Alargamento : Eslov�nia, o elo de liga��o � regi�o dos Balc�sA Eslov�nia, pequeno país de dois milhões de habitantes situado entre a �ustria, It�lia, Hungria e Cro�cia, que adere � União Europeia a 01 de Maio, poder� tornar-se no elo de liga��o da uni�o alargada aos Balc�s. Esta ex-república da Jugosl�via, independente desde Junho de 1991, pretende levar para a UE o seu conhecimento da regi�o e contribuir para o processo de estabiliza��o pol�tica e econ�mica da Europa do sudeste que, como demonstram os recentes confrontos entre s�rvios e albaneses na prov�ncia do Kosovo, está longe de conclu�do. O governo de centro-esquerda do primeiro-ministro Anton Rop considera a estabilidade do flanco sul da Europa e a inclusão dos países da regi�o no processo de integra��o europeia como relevando do interesse nacional, j� que um grande n�mero de eslovenos tem familiares nos países vizinhos. Durante mais de seis s�culos (1278-1918) uma prov�ncia da �ustria da dinastia dos Habsburgo e durante 72 anos dominada pela ex- federa��o jugoslava, para a qual funcionou como "galinha dos ovos de ouro", por ser a república mais desenvolvida e mais virada para o Ocidente, a Eslov�nia, país dos eslavos catélicos, reformou nos �ltimos 13 anos com �xito a sua economia. Enquanto isso, os seus vizinhos do sul, a S�rvia, a B�snia e a Cro�cia, esgotaram-se em guerras inter-�tnicas. Actualmente, e ap�s uma r�pida transi��o pol�tica e econ�mica para uma democracia com padr�es próximos dos da União Europeia, o país � considerado o "bom aluno" do novo pelot�o europeu, tendo registado em 2002 um rendimento "per capita" quase equivalente ao de Portugal e da Gr�cia. Segundo o embaixador esloveno em Lisboa, Bogdan Benko, "a adesão � União Europeia foi um objectivo priorit�rio da Eslov�nia desde a sua independ�ncia, em rela��o ao qual todas as grandes for�as pol�ticas estavam de acordo, assim como a maioria dos eslovenos, que o confirmaram no referendo". Foram cerca de 90 por cento os votos favor�veis � adesão na consulta realizada em Março do ano passado no país e as expectativas da sociedade civil são, de acordo com o diplomata, sobretudo "o crescimento da economia, uma maior segurança pol�tica e social e um desenvolvimento mais equilibrado". Neste momento, o sector dos serviços representa 61 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), a ind�stria 31 por cento, a agricultura tr�s por cento e a constru��o cinco por cento. No seu �ltimo relatério anual, divulgado em Novembro do ano passado, a Comissão Europeia manifestou a Ljubljana a sua satisfa��o global, salientando, no entanto, que a ex-república jugoslava dever� prosseguir as suas reformas estruturais e a privatiza��o do sector financeiro e garantir a liberdade dos serviços. A estabilidade pol�tica e econ�mica do país atraiu perto de tr�s mil milhões de euros de investimento directo estrangeiro desde 2002, a sua d�vida pública representa apenas 30 por cento do Produto Interno Bruto (o que fica muito aqu�m dos 60 por cento autorizados pelos crit�rios de converg�ncia de Maastricht) e a infla��o está controlada, apesar de a taxa de desemprego ultrapassar a média europeia. A perda do mercado jugoslavo e dos seus 24 milhões de consumidores "naturais" for�ou a economia eslovena a virar-se para ocidente, para a União Europeia, para onde escoa cerca de 60 por cento das suas exporta��es. Ljubljana tenciona, além disso, adoptar o euro em 2005, ao contrário da maioria dos novos Estados membros da UE, que fixaram como meta 2007-10. Contudo, esta intenção coloca o país perante um dilema: se adoptar pol�ticas econ�micas que lhe permitam aderir o mais rapidamente poss�vel � zona euro, terá que adiar algumas reformas que lhe permitiriam estimular a economia nacional. Se, por outro lado, acelerar o seu desenvolvimento econ�mico para se colocar o mais depressa poss�vel ao nível. dos outros Estados membros da UE, arriscar-se-� a não cumprir todos os crit�rios de Maastricht necess�rios � adop��o da moeda europeia. De acordo com Bogdan Benko, o maior desafio da integra��o da Eslov�nia na UE será a competitividade. "As empresas eslovenas teráo que competir com empresas dos outros Estados membros mas, por outro lado, isso vai incentiv�-las a aumentar a qualidade dos produtos a pre�os mais acess�veis", sustenta. A entrada da Eslov�nia na UE delimitar� igualmente a nova fronteira exterior da União a sudeste, apesar de o país apenas aderir depois de 2007 ao espaço Schengen, a zona de Estados europeus que aboliram os controlos aduaneiros entre os respectivos territ�rios. Um diferendo fronteiri�o com a Cro�cia na Ba�a de Piran, no mar Adri�tico, que h� 11 anos ensombra as rela��es entre Ljubljana e Zagreb, poder� constituir um obst�culo para o papel que a Eslov�nia pretende desempenhar na regi�o.
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