Rui Madeira é o novo presidente da Viticartaxo e quer valorizar a vitivinicultura nos concelhos abrangidos pela associação do sector: Cartaxo, Almeirim, Azambuja, Santarém, Benavente, Salvaterra de Magos e Coruche. Neste momento o desafio é manter o sector saudável e evitar o encerramento de empresas perante o escalar de aumento dos preços que já fizeram disparar o preço do vinho em mais de 30%.
A subida dos preços tem deixado a viticultura perto do limite. Quem o diz é Rui Madeira, o novo presidente da Associação de Viticultores Viticartaxo. “O aumento dos preços dos combustíveis, dos fungicidas, adubos e dos materiais para engarrafamento fez disparar de forma absurda o custo da produção”, vinca. Esta conjectura fez disparar o valor dos vinhos em mais de 30%, para que os produtores e adegas consigam manter margens de lucro aceitáveis e não fechem portas.
O sector está também a sentir uma crise de mão-de-obra sobretudo jovens qualificados para manobrarem máquinas agrícolas, bem como a ressentir-se da burocracia nas relações com as entidades do Estado. Rui Madeira realça que “para se aceder a projectos de apoio ao investimento “é preciso uma tonelada de documentos”, acrescentando que os preços e a tipificação dos equipamentos está desactualizada. Isso faz com que, por exemplo, no programa “Next Generations”, para a substituição de tractores velhos, das cerca de sete mil candidaturas apenas 1.362 foram consideradas necessárias e aprovadas. Situações como estas além de criarem dificuldades a quem está no mercado afasta quem pensa entrar no sector. “Não é fácil começar nesta actividade porque exige elevados investimentos que só se conseguem recuperar ao fim de cerca de 7 a 10 anos”, vinca.
Apesar das dificuldades a viticultura tem estado em constante modernização e a qualidade do vinho tem aumentado […]