|
|
|
|
|
– 26-10-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Secret�rio Estado alerta para "desmazelo social" sobre o montado�vora, 25 Out "Todos dias, aparecem no Ministério da Agricultura pedidos para cortar sobreiros, ‘empacotados’ com justifica��es de que são poucos hectares e de que � para fazer um investimento com grande rentabilidade econ�mica e social", revelou Rui Nobre Gon�alves, em �vora, durante o semin�rio internacional sobre o monta do que arrancou hoje naquela cidade. O secret�rio de Estado frisou que os projectos na base desses pedidos "são sempre apresentados como sendo mais importantes do que 200 ou 300 sobreiros ou do que dois ou tr�s hectares de montado", mas, ao serem analisados "com aten��o", constata-se que a sua contribui��o social não justifica o corte daquelas �rvores. "Alguns desses empreendimentos não t�m uma perspectiva, nem de m�dio, nem de longo prazo, apenas de curto prazo e, se fizermos as contas completas aos seus custos sociais, ambientais e econ�micos, talvez o seu rendimento para a sociedade não seja assim t�o importante", argumentou. � margem do encontro, questionado pela agência Lusa sobre o encaminhamento que o Ministério da Agricultura d� a esses pedidos de abate de sobreiros ou azinheiras, Rui Nobre Gon�alves garantiu que "a esmagadora maioria � rejeitada". De acordo com fonte do ministério, esses pedidos surgem, sobretudo, da zona Sul do país, como o Alentejo e Algarve, onde os sobreiros e azinheiras são duas das especies florestais dominantes, sendo apenas aprovados "os que t�m mesmo utilidade pública, nomeadamente para a constru��o de vias rodovi�rias". Na sua interven��o durante o semin�rio, o secret�rio de Estado argumentou que os pedidos para abate de sobreiros são um exemplo do "desmazelo e insensibilidade social" com que são encarados os valores do montado e, em geral, a flor esta. "Nunca os promotores desses empreendimentos [nas áreas em que � solicitado o corte das �rvores], uns públicos e outros privados, se lembram que um sobreiro, até produzir corti�a, demora 60 ou mais anos e que, se cortarmos uma dessas �rvores, mesmo que ao lado plantemos outra, s� come�a a ser rent�vel ap�s muitas d�cadas", disse. Para o governante, esta "desvaloriza��o social" do mundo rural e das florestas tem que ser invertida, para solucionar Também os "problemas de decl�nio de qualidade e de serviços" que adv�m desses dois sectores. "D�-se um pouco como adquirido que as florestas existem e que não precisamos fazer grande coisa pela sua conserva��o e vitalidade porque l� continuar�o a estar nas pr�ximas d�cadas e s�culos", salientou. Rui Nobre Gon�alves considerou "fundamental" que a sociedade "recupere e reconhe�a, além da import�ncia econ�mica da floresta, neste caso do montado, que o equil�brio destes ecossistemas � uma garantia da sustentabilidade social e do desenvolvimento dos países" da zona do Mediterr�neo, como Portugal. O Invent�rio Florestal Nacional de 1995-98 apontava que a área ocupada por montado, em Portugal, atingia os 1,2 milhões de hectares (713 mil de sobreiros e 462 mil de azinheiras). De acordo com o Novo Invent�rio Nacional 2005-06, que dever� estar pronto no próximo m�s, os resultados preliminares, embora não considerem novas plantações, indicam uma redu��o de 72 mil hectares de montado, com a área total a abranger 1,1 milhões de hectares (643 mil de sobreiros, com o maior decréscimo, e 460 mil de azinheiras). Em termos econ�micos, a corti�a dos sobreiros � o principal produto do montado, tendo a WWF divulgado hoje que essa extrac��o atinge uma média de 137 mil toneladas por ano em Portugal, o que representa mais de metade da produ��o mundial de corti�a.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |