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– 20-08-2005 |
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Seca: Munic�pios alentejanos criticam INAG por transvaze da albufeira de AlvitoBeja, 19 Ago "O INAG praticou uma pol�tica do quero, posso e mando. Faltou ao respeito � AMCAL porque não respeitou os acordos que estavam estabelecidos para esse transvaze", criticou hoje � agência Lusa Francisco Orelha, presidente da entidade. Segundo Francisco Orelha, Também presidente da C�mara de Cuba (PS), o que estava definido era que a barragem de Alvito – que abastece Cuba, Alvito, Viana do Alentejo, Portel e Vidigueira -, iria libertar 18 milhões de metros c�bicos para o leito da ribeira de Odivelas. O processo come�ou no in�cio de Julho e terminou recentemente, tendo a �gua sido encaminhada para refor�ar a rega a partir da albufeira de Odivelas, Ferreira do Alentejo, e nos per�metros do Roxo (Beja) e Vale do Sado. Contudo, em comunicado divulgado hoje, a AMCAL revela que foram libertados mais dois milhões de metros c�bicos do que o acordado, o que, caso a seca continue, pode colocar em causa o abastecimento público no próximo ano dos cerca de 30 mil habitantes dos cinco munic�pios. "A albufeira de Alvito acumula, agora, com esta situa��o, 90 milhões de metros c�bicos de �gua, mas temos de ter em conta que perdemos anualmente 15 milhões por evapora��o e que outra percentagem significativa corresponde � reserva morta", disse o autarca. além disso, segundo Francisco Orelha, a albufeira tem "muitas ilhas submersas que j� come�am a ser vis�veis � superf�cie", as quais, se o nível. da barragem baixar, "podem impedir que a �gua chegue � zona de capta��o". Este cen�rio está a deixar "preocupados" os cinco presidentes das autarquias abastecidas pela barragem do Alvito, que acusam o INAG de ter reaberto as comportas para libertar caudais numa altura em que "s� faltavam transferir uns 500 metros c�bicos". "O operador das comportas estava de f�rias e veio de prop�sito verificar quanta �gua faltava libertar. Como se ia novamente embora por alguns dias e o processo estava quase terminado, a AMCAL deu ordem para fechar as comportas", explicou. S� que o INAG, de acordo com Francisco Orelha, "enviou uma equipa de Lisboa para retomar o processo e, s� passados v�rios dias, j� com mais dois milhões transferidos, � que ordenou que se fechassem outra vez as comportas". "O INAG desrespeitou o operador de Alvito e acusou a AMCAL de abusivamente ter fechado as comportas. Ent�o, não podia ser transferida �gua a menos, mas está tudo bem quando se transfere a mais?", questionou. Contactado pela Lusa, Rui Sequeira, respons�vel pelos serviços de Beja da Comissão de Coordena��o e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, manifestou alguma surpresa pelas cr�ticas da AMCAL, alegando que a �gua da albufeira "corresponde a 70 por cento da capacidade total". "Quem nos dera que todas as outras albufeiras do Alentejo estivessem na mesma situa��o da de Alvito, que � das poucas da regi�o que não está com problemas", comentou. Embora tenha afirmado desconhecer se foram transferidos mais dois milhões de metros c�bicos do que os que estavam previstos, Rui Sequeira classificou a situa��o como "uma falsa questáo". "Estamos a falar de estimativas, porque não podemos medir com precisão a �gua que foi libertada. além disso, como Alvito apresenta um bom armazenamento e a AMCAL possui outras origens de �gua, não se colocam problemas para o abastecimento �s popula��es", frisou. O mesmo respons�vel referiu ainda que, todos os anos, independentemente da actual seca, a albufeira liberta caudais para a ribeira de Odivelas: "Em 2004 foram cerca de dez milhões", disse. "H� problemas mais graves no Alentejo do que os relacionados com Alvito e esta posi��o da AMCAL denota alguma falta de solidariedade para com zonas mais afectadas", argumentou. O presidente da AMCAL rejeitou estas afirma��es, garantindo que eventuais preju�zos na agricultura podem ser "solucionados com ajudas monet�rias � perda de produ��o" e que, primeiro, "está a garantia do abastecimento das popula��es". "Esperamos não vir a ter problemas daqui a uns tempos. Compreendo a dificuldade dos agricultores, mas queremos manifestar o nosso descontentamento, precisamente, para não termos de chegar a andar com bid�es e autotanques para abastecer as pessoas", ripostou.
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