|
|
|
|
– 17-04-2012 |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
Seca: Falta de �gua afecta calibre da fruta na Cova da Beira
As pr�ximas tr�s semanas são consideradas pelos t�cnicos como decisivas para a produ��o de cereja e outros produtos frut�colas, pois, ou chove em quantidade suficiente, ou a fruta deste ano vai ser mais pequena do que o habitual. No caso das cerejas, o sabor e qualidade "estáo garantidos" e a seca até as pode deixar mais doces, explica Filipe Costa, director t�cnico da Cerfund�o, empresa de embalamento e comercializa��o de cerejas da Cova da Beira. No entanto, como "80 a 90 por cento da fruta � constitu�da por �gua", se o cen�rio de seca não for atenuado nas pr�ximas semanas, tudo o que for colhido nos pomares terá tend�ncia a ser mais pequeno do que o costume. Como o mercado paga melhor por frutos maiores, a situa��o pode provocar um preju�zo junto dos produtores "da ordem dos 50 c�ntimos por quilo" por cada tr�s a quatro mil�metros de redu��o no calibre da cereja, exemplifica Filipe Costa. Um valor de meros c�ntimos que passa a "significativo" quanto maior for a fatia afectada por entre as sete mil toneladas de produ��o anual de cereja na Cova da Beira (a maior regi�o produtora do país). Tudo porque "os olhos Também comem" e o tamanho conta nas prateleiras das lojas. Ant�nio Moreira trata de 30 hectares de cerejais na Serra da Gardunha e sabe que, "hoje, toda a gente s� gosta do que enche o olho: no meio da fartura, o que � mediano, fica para tr�s". De olho nas �rvores, por enquanto s� com pequeninos frutos verdes, ainda escondidos por entre a flora��o, garante não se lembrar "de um ano assim", t�o seco. E j� leva 60 a tratar de cerejais. Dentro de uma semana, "as �rvores estáo limpas [da flora��o] e se vier uma boa rega, � bom, mas essa chuva tem de cair antes de as cerejas ganharem cor", descreve. Jo�o Paulo Carneiro, Ant�nio Ramos e Paula Sim�es, docentes na área de fruticultura na Escola Superior Agr�ria de Castelo Branco, consideram que a diminui��o de calibre "será mais grave" para os frutos com período de desenvolvimento mais curto. � o caso "da cereja e de algumas especies de p�ssego, em que o espaço de tempo entre a flora��o e a matura��o � de apenas dois a tr�s meses", explicam � agência Lusa. O assunto torna-se mais sens�vel na Cova da Beira, porque a fruticultura "� uma actividade muito importante", localizando-se na regi�o "25 por cento da área de produ��o nacional de p�ssego e mais de 50 por cento da área de cereja". Consideram, por isso, a aus�ncia de regadios de média e grande dimensão como "uma falta de visão pol�tica, uma vez que tal permitiria menor susceptibilidade a situa��es de seca, que se v�m tornando cada vez mais frequentes". O Regadio da Cova da Beira, iniciado h� 50 anos, continua por concluir, e não abrange os pomares a sul da Gardunha, que estáo � merc� das reservas de �gua privadas, sublinham. Filipe Costa concorda e considera que seria "extremamente importante que as entidades oficiais pensassem na vertente sul da Serra da Gardunha, porque � uma área com pomares em grande expansão". Fonte: Lusa
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2012. Todos os direitos reservados. |