Em apenas dois dias, o volume de água represado e monitorizado pela APA registou um acréscimo substancial como não se via desde 1997.
O efeito das chuvas intensas dos últimos dias já se sente nas barragens. Na segunda-feira, 12 de Dezembro, o volume de água nas 80 albufeiras monitorizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) atingia os 8618 hectómetros cúbicos (hm3 ), e correspondia a 65% da capacidade total de armazenamento que é de 13.237hm3 . No dia 14 de Dezembro, o quadro hidrológico nacional sofreu uma alteração significativa por causa das chuvas fortes: em 71 das 80 albufeiras monitorizadas pela APA, a reserva de água aumentou cerca de 785hm3 (para 72% da capacidade total de armazenamento).
A Barragem do Maranhão em Avis, que faz parte da bacia hidrográfica do Tejo, é o exemplo de maior significado a nível nacional. No dia 12 de Dezembro o volume de água armazenado na sua albufeira (52.488 hm3) apresentava uma situação problemática, a ponto de poder vir a condicionar o próximo ano agrícola. Dois dias depois, a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, que faz a gestão dos recursos hídricos desta reserva de água, foi forçada a proceder a descargas para regular a capacidade de encaixe da albufeira que pode armazenar 205.400 hm3. Em apenas dois dias recebeu um débito de quase 150 milhões de metros cúbicos de efluentes.
A recuperação das reservas de água ocorreu “em quase todas […]