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– 07-10-2005 |
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Reconstru��o do v�rus de 1918 revela semelhan�as com gripe das avesLisboa, 06 Out Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina do Hospital Monte Sinai de Nova Iorque reconstruiu pela primeira vez o v�rus da "gripe espanhola" para estudar a sua virul�ncia em laboratério, debaixo de estritas medidas de segurança. No artigo da revista Nature, os cientistas publicam uma análise da sequ�ncia completa do genoma do v�rus da influenza humana de 1918. Na revista Science, os investigadores descrevem como utilizaram essa sequ�ncia para recriar o v�rus e estudar os seus efeitos em ratos. De acordo com o estudo, a sequ�ncia completa do genoma apresenta fortes evid�ncias de que o v�rus da gripe de 1918 deriva totalmente de um antepassado que originalmente infectou aves. Ou seja, não se tratou de uma combina��o entre um v�rus das aves e um humano, como aconteceu com as gripes de 1957 e 1968: os v�rus que causaram essas grandes epidemias (pandemias) surgiram quando v�rus de gripe humana e das aves infectaram a mesma pessoa ao mesmo tempo, permitindo que os seus genes se misturassem. No caso da pandemia de 1918, as evidencias apontam para que tenha sido um v�rus avi�rio que se adaptou ao homem. Esta investiga��o assume maior import�ncia numa altura em que as autoridades m�dicas de todo o mundo advertem para o perigo de uma pandemia, se o v�rus avi�rio do sudeste asi�tico passar para os seres humanos, com um n�mero de v�timas estimadas entre 80 e 150 milhões de pessoas. Como explicou o microbi�logo espanhol Adolfo Garcia Sastre, que desde 1991 trabalha na Faculdade de Medicina do Monte Sinai, o v�rus da gripe espanhola "não existia, não se isolou na altura". "O que se tinha era tecidos arquivados em diferentes colec��es, peda�os muito pequenos de pulm�es recolhidos em aut�psias", disse, acrescentando que "nesses tecidos existiam v�rus inactivos, degradados pelo tempo, eram sequ�ncias muito pequenas, incompletas do gene". O trabalho destes investigadores consistiu numa t�cnica inovadora desenvolvida em Monte Sinai, que permitiu recriar, a partir dessas sequ�ncias pequenas, o v�rus da gripe espanhola. "Temos um elevado grau de certeza de que este v�rus reconstitu�do � id�ntico ao da gripe de 1918", afirmou o investigador, salientando as precau��es que foram tomadas no Centro de Controlo de Doen�as (que coopera com Monte Sinai neste trabalho) para manter o v�rus isolado. "Temos agora um marco de refer�ncia para desenhar medicamentos ou vacinas espec�ficas para estes genes", afirmou, frisando que h� bastantes caracterásticas comuns entre o H5N1 (da gripe das aves) e o v�rus da gripe de 1918. "As diferen�as e as semelhan�as permitiráo averiguar o risco de este v�rus das aves sofrer uma muta��o e adaptar-se aos humanos", disse. Terrence Tumpey, do Centro de Controlo de Doen�as, explicou que os investigadores se propuseram � "recriação do v�rus para compreender as propriedades biol�gicas que fizeram do v�rus de 1918 um v�rus excepcionalmente mort�fero". As conclus�es principais obtidas até agora da reconstru��o do v�rus da gripe espanhola, demonstram que esse v�rus foi extremamente virulento nos ratos e causa morte r�pida. O v�rus Também � patogúnico em ovos de galinha fertilizados e multiplica-se muito rapidamente nas c�lulas pulmonares humanas. Estas tr�s caracterásticas contrastam com a maioria dos v�rus da gripe que infectam os humanos, que geralmente não são patogúnicos em outras especies e crescem muito mais lentamente nas c�lulas pulmonares.
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