O produtor beirão Caminhos Cruzados vai arrancar com um ambicioso projeto agroecológico na sua Quinta da Teixuga. O objetivo passa pela aposta na monitorização da informação com recurso a tecnologia, em modos de produção mais protetores dos recursos (água, solo e biodiversidade) e uma nova visão sobre o embalamento.
A diretora-geal da Caminhos Cruzados, Lígia Santos, explica, citada em comunicado, que pretendem posicionar-se “no caminho da regeneração, resiliência e transição, os três passos fundamentais em que queremos dar uma resposta eficaz às exigências do mercado em termos de sustentabilidade e agroecologia, mas sobretudo para termos condições de fazer face às alterações climáticas e aos desafios que elas trazem ao nosso perfil, identidade e Terroir.
Nesse âmbito, o início desta etapa vai ser marcada pela plantação de 105 árvores no Dia Mundial da Árvore, que se celebra a 21 de março. A minifloresta a plantar é um bosque misto ibérico com 10 espécies diferentes da região.
Já no ano transato a empresa traçou um plano para a gestão agroecológica da Quinta da Teixuga, com intervenção na vinha, nos espaços florestais e naturais que a enquadram no sentido de progressivamente reduzir ao mínimo, ou mesmo eliminar, o uso de herbicidas e fitofármacos, criando vinhos verdadeiramente ecológicos.
“Começámos 2022 a usar ovelhas certificadas para a produção de Queijo da Serra, para controlar infestantes e promover uma cobertura regenerativa dos solos da vinha, o que trará como resultado uma terra mais fértil e rica em biodiversidade e carbono”, acrescenta Lígia Santos.
Adicionalmente, a Caminhos Cruzados está em processo de restauração das matas e espaços florestais para promover o desenvolvimento de medronhais e carvalhais, que representem habitats muito importantes para o ecossistema da região do Dão, onde a empresa está sediada.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.