Entre 70% a 80% das árvores plantadas para reflorestar as áreas ardidas nas matas nacionais do litoral morreram, revelou na passada sexta-feira (8 de março) o presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). De acordo com Rogério Rodrigues, há necessidade “de fazer retanchas [substituições] em cerca de 70 a 80% das áreas”.
De acordo com o presidente do ICNF, “de 2018 para 2019, tivemos grandes taxas de mortalidade”, graças a “um ano muito seco” e “picos de 45 a 47 graus centígrados no verão”. “Essas áreas terão de ser replantadas”, disse ainda, revelando que em terrenos como a Mata Nacional de Leiria, o normal são mortalidades de 20 a 30%.
“Se tivermos outonos muito chuvosos e primaveras não muito secas, mas chuvosas, toda a planificação terá um grau de sucesso ainda maior e, na que já tiver ocorrido, teremos menos mortalidade”, explicou Rogério Rodrigues.
O presidente do ICNF garantiu ainda que existe capacidade de resposta por parte dos viveiros nacionais para “fornecer plantas para mais de uma década. (…) Finalmente conseguimos ir melhorando o ritmo de produção dos viveiros de Amarante, da Malcata e também no sul do país. Os nossos viveiros estão preparados para a plantação de 2019, 2020, e, a partir daí, para que todo o trabalho de arborização esteja concluído”, referiu.