O litoral alentejano passa a contar, desde hoje, com mais 59 bombeiros que receberam formação, este ano, com o objetivo de reforçar o atual dispositivo e colmatar o reduzido número de operacionais nesta zona do país.
O Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, que engloba 10 corpos de bombeiros, “tem um efetivo diminuto face às necessidades e ao empenhamento operacional”, disse à agência Lusa o comandante sub-regional, Tiago Bugio.
Para colmatar esta dificuldade, em 2023, com a criação deste comando sub-regional, foi feita “uma aposta muito forte na formação dos quadros dos corpos de bombeiros, ajudando a que se fortalecessem”, explicou.
Segundo o comandante sub-regional, este território contava, nesse ano, com um efetivo de “386 bombeiros, dos quais 24 [pertenciam] aos quadros de comando e 362 ao quadro ativo”. Foram criadas então duas formações que “permitiram o incremento de 26 bombeiros” e, em este ano, “intensificou-se esta promoção de bombeiros e incentivo ao voluntariado”.
Entretanto, devido a “algumas baixas”, o efetivo diminuiu e passou a totalizar “364 bombeiros, ou seja 20 elementos de comando e 344 do quadro ativo”, precisou. Com a entrada em funções dos 59 operacionais que são hoje promovidos, dos quais 48 bombeiros e 11 bombeiros especialistas, o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral passa a contar com 423 operacionais. “São praticamente 60 bombeiros e [isto] faz muita diferença. Para perceberem, são dois grupos de combate que podemos ter aqui na sub-região”, reforçou Tiago Bugio.
A cerimónia que assinala o ingresso na carreira de bombeiro e bombeiro especialista realiza-se hoje à noite no Quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal.
Os novos operacionais serão distribuídos por seis corporações da região: Alvalade, Grândola, Santiago do Cacém, Santo André e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja.
De acordo com Tiago Bugio, a formação, ministrada através da Escola Nacional de Bombeiros, permitiu “dotar estes operacionais de capacidade para intervir nas múltiplas valências [em que] os bombeiros são solicitados” a intervir. “Estes operacionais vão integrar, a partir de hoje, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais e vão ser já uma mais-valia para a operacionalidade desta sub-região”, frisou.
O comandante sub-regional considerou igualmente importante “o incremento, através do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] de oito veículos para o combate a incêndios rurais”. “Temos recursos materiais, necessitamos de recursos humanos e estes novos bombeiros que vão ingressar [na carreira] são uma enorme mais-valia”, sublinhou.