A importância das florestas plantadas e a forma como contribuem para conservar as florestas naturais será o tema principal da conferência “Valorizar as Florestas: Pelas pessoas e pelo planeta”
Preservar as florestas enquanto recurso natural essencial para garantir a saúde ambiental é um desígnio cada vez mais consensual, a que se junta o papel que representam como ativo económico capaz de gerar produtos sustentáveis e recursos energéticos que podem ter um papel decisivo na descarbonização. Trata-se de um binómio, preservação e economia, que nem sempre é bem compreendido pela opinião pública, mas que os especialistas garantem que, com as opções e medidas certas, podem ser mutuamente benéficos.
“As florestas podem e devem ter um decisivo contributo” como “capital natural que pode prestar variados e valiosos serviços de ecossistema”, desde “preservação de biodiversidade” a contrariar a “erosão dos solos”, sem contar com “contributo económico e social, resultante de uma exploração sustentável dos seus recursos”, defende Pedro Norton de Matos. Por isso “é fundamental que a gestão dos recursos tenha um propósito regenerativo”. Na opinião do mentor e organizador do Greenfest, “o que não se pode fazer é substituir zonas de pantanais ou outros ricos ecossistemas implantados por “florestas” mono-espécie”, com a certeza que “as cidades e grandes centros urbanos deverão ter cada vez mais espaços e coberturas verdes”.
O responsável é um dos convidados da conferência “Valorizar as Florestas: Pelas pessoas e pelo planeta”, que junta a Navigator e o Expresso para perceber como é que as florestas plantadas contribuem para a preservação das florestas naturais e juntas podem representar um importante ativo económico e ambiental. Lembra, por exemplo, a professora do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Helena Pereira, que “os modelos de desenvolvimento – hoje obrigatoriamente sustentáveis – devem integrar as vertentes ambientais, sociais e económicas e ter em conta todo o sistema desde a ocupação do território até aos consumidores de produtos e serviços passando pela gestão das florestas, processamento de produtos e cadeias logísticas”.
“A opinião publica tende a funcionar por “sound bytes” e vão-se construindo ideias que muitas vezes não espelham a realidade. […]