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– 08-09-2005 |
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Produtores de figo sem capacidade de resposta grandes encomendasSantar�m, 07 Set De acordo com Ana Lopes, a ANPFSP recebeu segunda-feira uma encomenda da ordem das 1.000 toneladas de figos frescos, por parte de uma empresa portuguesa intermedi�ria de franceses interessados em figo fresco para congela��o, mas, como a colheita está quase a acabar, apenas um produtor respondeu ao apelo que a associa��o lanãou de imediato. Para a associa��o, esta oportunidade de neg�cio para os produtores de figo portugueses pode ser explorada na pr�xima campanha, uma vez que o pre�o proposto � bastante interessante em rela��o ao trabalho e custos que representam todo o processo de secagem, recordando que o figo preto de Torres Novas não tem venda em fresco. "Se a proposta tivesse surgido no final de Julho, teria sido poss�vel responder, pelo menos parcialmente, � encomenda", disse Ana Lopes, sublinhando o interesse dos produtores (concentrados sobretudo na regi�o de Torres Novas e no Algarve) em explorarem esta oportunidade de neg�cio na campanha do próximo ano. A produ��o de figo, sobretudo do figo preto de Torres Novas, tem vindo a atravessar uma crise, atribu�da ao elevado nível. et�rio dos propriet�rios, ao tipo de propriedade (minif�ndio) e aos custos da m�o-de-obra, disse � Lusa Alexandra Carvalho, t�cnica da ANPFSP que tem estado a desenvolver um projecto em parceria com a Direc��o Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste. Alexandra Carvalho está a tentar identificar todas as manchas de figueiral existentes no concelho de Torres Novas e os respectivos propriet�rios, de forma a que sejam apresentadas medidas com vista � "reconversão eficiente" do figueiral. "Dos contactos que tenho mantido no terreno, � procura de indicadores que permitam identificar o que está mal, tenho percebido que a principal causa para a falta de interesse por esta cultura � de origem socioecon�mica. além da divisão da propriedade, a maior parte dos produtores contactados t�m idades entre os 70 e os 90 anos, situa��o que se verifica Também na m�o-de-obra", acrescentou. Segundo a respons�vel, tanto a recolha como a secagem do figo preto � feita ainda de forma muito tradicional, com a recolha um a um para cestas de verga, o transporte para casa, onde o fruto � colocado em tabuleiros para a secagem e sujeito a escolhas sucessivas, sendo que apenas a primeira escolha acaba por ser comercializada. O paradoxal � que "existe muita procura", pelo que, no entender desta t�cnica, � necess�rio um "apoio urgente", pois, se se quer continuar com a produ��o de figo são precisas "propostas aliciantes", porque a maior parte dos produtores inquiridos demonstra tend�ncia para desistir, afirmou. Os primeiros resultados deste trabalho, bem como de um outro relacionado com a mosca mediterr�nica (principal praga que afecta o figo), v�o ser apresentados durante a XX Feira Nacional e XIV Internacional de Frutos Secos / III Feira do Figo Preto, que vai decorrer em Torres Novas de 01 a 09 de Outubro. Numa segunda fase o projecto será desenvolvido em concelhos lim�trofes, como Tomar, onde existem figueirais "com boa produ��o", sendo intenção da ANPFSP alarg�-lo ao territ�rio nacional, na expectativa de que, com a colabora��o do Ministério da Agricultura, possam ser tomadas medidas concretas, adiantou.
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